O poder Divino do Ato Sexual - O Homem e A Mulher e a Alquimia Sexual
Deus é Amor e seu Amor cria e torna novamente a criar.
As palavras deliciosas do amor conduzem ao beijo ardente da adoração.
O ato sexual é a real consubstanciação do amor, no tremendo realismo de nossa
natureza psicofisiológica.
Quando um homem e uma mulher se unem sexualmente, algo se cria.
Nesses instantes de suprema adoração, ele e ela são realmente um só
ser andrógino, com poderes para criar como os deuses.
Os Elohim são varão e varoa. O homem e a mulher unidos sexualmente, durante
o êxtase supremo do amor, são, na realidade, um Elohim terrivelmente divino.
Nestes instantes da união sexual estamos realmente no Laboratorium Oratorium
da Santa Alquimia. Os grandes clarividentes podem ver, nesses momentos, o casal
envolto em esplendores terrivelmente divinos. Então penetramos no Sanctum
Regnum da Alta Magia.
Com essas forças espantosamente divinas podemos desintegrar o diabo
que trazemos dentro de nós e transformar-nos em grandes Hierofantes.
À medida em que o ato sexual se prolonga, conforme aumentam as
carícias deliciosas do êxtase adorável, sente−se uma voluptuosidade espiritual
encantadora. Então estamos nos carregando de eletricidade e magnetismo
universal. Poderosas forças cósmicas acumulam-se no fundo da alma; cintilam os
chacras do corpo astral, enquanto as forças misteriosas da Grande Mãe Cósmica
circulam por todos os canais de nosso organismo.
O beijo ardente, as carícias íntimas, transformam−se em notas
milagrosas que ressoam comovedoras na aura do universo.
Não temos como explicar aqueles momentos de gozo supremo. Agita−se a serpente
do fogo, avivam−se os fogos do coração e cintilam, cheios de majestade, na
fronte dos seres unidos sexualmente, os raios terríveis do Pai.
Se o homem e a mulher sabem retirar−se antes do espasmo, se nesses momentos
de gozo delicioso tiverem força de vontade para dominar o Ego animal,
retirando−se do ato sem derramar o sêmen; nem dentro do útero, nem fora dele,
nem pelos lados, nem em parte alguma, teriam praticado um ato de Magia Sexual.
Isso é o que se chama em ocultismo o Arcano A.Z.F.
Com o Arcano A.Z.F. podemos reter toda essa luz mravilhosa, todas
essas correntes cósmicas, todos esses poderes divinos. Então se desperta em nós
o Kundalini, o fogo sagrado do Espírito Santo, e nos convertemos em deuses
terrivelmente divinos.
Mas quando derramamos o sêmen, as correntes cósmicas fundem−se nas correntes
universais e penetra na alma dos dois seres uma luz sanguinolenta, as forças
luciféricas do mal, o magnetismo fatal. Então Cupido se afasta chorando e
fecham−se as portas do Éden. O amor converte−se em desilusão, vem o desencanto,
fica a negra realidade deste vale de lágrimas.
Quando sabemos retirar−nos antes do espasmo sexual, desperta a
Serpente Ígnea dos nossos mágicos poderes.
Os cabalistas falam−nos da Nona Esfera. A Nona Esfera da Cabala é o
sexo.
A descida à Nona Esfera foi, nos antigos mistérios, a prova máxima
para a suprema dignidade do Hierofante.
Jesus, Hermes, Buda, Dante, Zoroastro, etc., tiveram que descer à Nona
Esfera a fim de trabalharem com o Fogo e a Água, origem de mundos, bestas,
homens e deuses. Toda autêntica e legítima Iniciação Branca começa por aí.
O Filho do Homem nasce na Nona Esfera. O Filho do Homem nasce da Água
e do Fogo.
Quando o Alquimista completou seu trabalho no Magistério do Fogo,
recebe a Iniciação Venusta. O desposamento da Alma com o Cordeiro é a festa maior
da Alma. Aquele Grande Senhor de Luz entra nela. Ele se humaniza e ela se
diviniza. Desta mescla divina e humana advém "Isso" que com tanto
acerto o Adorável chamou de "O Filho do Homem".
O triunfo máximo da suprema adoração é o nascimento do Filho do Homem
no Presépio do Mundo. O homem e a mulher amando−se mutuamente são,
verdadeiramente, duas harpas de milagrosas harmonias, um êxtase de glória,
aquilo que não se pode definir, porque se se define, desfigura−se. Isso é Amor.
O beijo é a consagração profundamente mística de duas almas que se adoram
e o ato sexual é a chave com a qual nos convertemos em Deuses.
Deuses, há Deus!..
Sabei vós que vos amais verdadeiramente, que Deus é Amor.
Amar, quão belo é amar. O amor se alimenta com amor, e só com amor são
possíveis as bodas da Alquimia.
Jesus, o Bem−Amado, alcançou a Iniciação Venusta no Jordão. No
instante do batismo, O Cristo entrou no Adorável Jesus pela glândula pineal. O
Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a sua glória como o
Filho Unigênito do Pai, cheio de Graça e de Verdade.
Ao que sabe, a palavra dá poder; ninguém a pronunciou, ninguém a pronunciará,
senão aquele que O tiver encarnado.
No Apocalipse, o Santo da Revelação nos descreve−nos o Filho do Homem,
o Filho de nossos beijos, com os seguintes versículos:
"Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor e ouvi por detrás
de mim uma grande voz como de trombeta (o Verbo), que dizia: Eu sou o alfa e o ômega,
o primeiro e o último.
Escreve em um livro o que vês e envia−o às sete Igrejas que estão na
Ásia: a Éfeso (o centro magnético do cóccix); a Esmirna (o centro magnético da
próstata); a Pérgamo (o plexo solar situado na região do umbigo); a Tiátira (o
centro magnético do coração); a Sardis (o centro magnético da laringe criadora);
a Filadélfia (o Olho da Sabedoria, o centro da clarividência situado entre as
duas sobrancelhas) e a Laodicéia (a Coroa dos Santos, centro magnético da
glândula pineal)".
"E voltei−me para ver a voz que falava comigo; assim voltado, vi
sete candelabros de ouro e, no meio deles, um semelhante ao Filho do Homem,
vestido com uma roupa que chegava até os pés (A Túnica de linho branco de todo
Mestre, a túnica de Glória)". Os sete candelabros que o Santo da Revelação
viu são as Sete Igrejas da Medula Espinhal.
"Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã branca, como a
neve.
Seus olhos eram como chamas de fogo (sempre imaculados e puros)".
"E seus pés eram semelhantes ao latão polido, como se fosse
derretido na fornalha. E sua voz era como o ruído de muitas águas" (as
águas humanas, o sêmen).
"Tinha na mão direita sete estrelas (os sete anjos que governam
as sete igrejas da medula espinhal). E de sua boca saía uma espada aguda, de
dois gumes (o verbo). E seu rosto era como o Sol quando resplandesce em sua
força".
"Quando o ví, caí como morto a seus pés; e ele pôs a sua mão
direita sobre mim, dizendo: não temas, eu sou o primeiro e o último; e aquele
que vive.
Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e
tenho as chaves do inferno e da morte".
Quando o Cristo Interno entra na alma, se transforma nela. Ele se
transforma nela e ela n'Ele. Ele se humaniza e ela se diviniza. Desta mescla
alquimista, divina e humana, advém isso que com tanto acerto nosso adorável
Salvador chamou de: "O Filho do Homem".
Os Alquimistas dizem que devemos transformar a Lua em Sol. A Lua é a alma.
O Sol é o Cristo. A transformação da Lua em Sol só é possível com o Fogo e este
só acende mediante o conúbio amoroso do Matrimônio Perfeito.
Um Matrimônio Perfeito é a união de dois seres. Um que ama mais e
outro que ama melhor.
O Filho do Homem nasce da água e do fogo. A água é o sêmen e o fogo é
o Espírito. Deus resplandece sobre o casal perfeito.
O Filho do Homem tem poder sobre o fogo flamígero, sobre o ar
impetuoso, sobre as embravecidas ondas do oceano e sobre a perfumada terra.
O ato sexual é muito terrível. Com justa razão diz o Apocalipse:
"Ao que vencer fá−lo−ei coluna do Templo de meu Deus e não mais sairá
dali".
Samael Aun Weor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja Bem Vindo ao Sol Interno, agradecemos seu comentário.
Gostou deste Blog? Ajude-nos a divulga-lo.
Obrigado
Namastê
FIAT LUX
PAX
MMSorge