Pesquisadores alemães recém anunciaram um importante êxito no campo da informação: conseguiram congelar luz durante um minuto. Para dimensionar grandiosidade desta conquista, basta saber que geraram as condições específicas para deter à entidade mais veloz do universo, enquanto em um plano mais técnico, isto poderia ter importantes repercussões para o armazenamento de memória quântica e no processamento de informação.
Ao suspender a trajetória da luz, assegura-se que mantenha suas propriedades de coerência quântica, tornando possível a construção da memória quântica baseada na luz. O caso é que quanto mais tempo a luz for mantida estática, melhor será o poder de processamento para a computação quântica. Dessa forma, a técnica poderia permitir comunicações quânticas mais seguras e mais rápidas em longas distâncias.
O congelamento e controle da luz pode ser também ser utilizado para formar o núcleo, ou CPU, de um computador óptico, que, por sua vez, poderia transportar informações dez vezes mais rapidamente do que os dispositivos eletrônicos atuais, resolvendo o problema da velocidade máxima intrínseca da atual tecnologia do silício. Isto poderia significar um avanço real na busca pela criação de computadores super-rápidos, que utilizam luz ao invés de elétrons para processar a informação.
Anteriormente já tinham conseguido congelar a luz durante 16 segundos, mas agora a marca foi superada em muito, o que facilitou o trabalho dos cientistas.
Se quiser se aprofundar mais no assunto recomendo que consultes a descrição completa, publicada na revista Physics Review Letters, "Stopped Light and Image Storage by Electromagnetically Induced Transparency up to the Regime of One Minute".
Como cientistas “congelaram” a luz por um minuto inteiro
A luz não é algo que você pode facilmente parar, dado que ela tem a
maior velocidade que conhecemos. Mas uma equipe de cientistas foi ambiciosa e
conseguiu “congelar” a luz por um minuto inteiro.
No vácuo, a luz normalmente viaja a pouco menos de impressionantes 300
milhões de metros por segundo. Os cientistas já conseguiram reduzir essa
velocidade: primeiro eles chegaram a apenas 17 m/s em 1999, e dois anos depois
conseguiram pará-la totalmente por uma fração de segundo.
Agora, no entanto, uma equipe da Universidade de Darmstadt (Alemanha)
conseguiu parar a luz durante um minuto inteiro. Como eles fizeram isso? Bem,
não é fácil.
Primeiro, eles pegaram um cristal opaco e dispararam lasers nele, para
perturbar o estado quântico dos átomos lá dentro. Ao criar dois estados
quânticos dentro desses átomos, os cientistas puderam deixar esse cristal, que
originalmente era opaco, transparente para uma frequência bem definida de luz.
Em seguida, eles dispararam outro feixe de laser nessa frequência.
Então a luz entrou no cristal e, à medida que ele voltava a ficar opaco, o
feixe de laser ficou parado dentro dele. O feixe ficou “congelado” por um
minuto inteiro; se estivesse livre, ele viajaria até 18 milhões de quilômetros,
ou 20 viagens de ida e volta para a Lua.
Curiosamente, os cientistas também conseguiram armazenar – e depois
recuperar – uma imagem usando a mesma técnica. O resultado está abaixo: são
apenas três listras de luz.
A imagem pode não ser grande coisa, mas é. Afinal, por que “congelar”
a luz? Porque isso permite criar memória quântica baseada em luz. E a imagem
acima sugere que dados podem ser armazenados em um feixe de luz estacionário.
***
Texo de Jamie Condliffe - 26 de julho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja Bem Vindo ao Sol Interno, agradecemos seu comentário.
Gostou deste Blog? Ajude-nos a divulga-lo.
Obrigado
Namastê
FIAT LUX
PAX
MMSorge