Autor: Karl Bunn
A NOVA GNOSE de Samael Aun Weor é a doutrina do momento, por ser uma doutrina 100% Aquariana. Por mais santas e veneráveis que sejam outras doutrinas, a verdade é que elas todas se tornaram um tanto defasadas, porque já estamos em plena Era de Aquário – e cada Era tem sua própria doutrina – ainda que a maioria dos seres humanos possua mentalidade Pisciana. Essas doutrinas e religiões antigas funcionam, e muito bem, como jardim de infância espiritual para a humanidade.
A NOVA GNOSE ensina um novo sistema de vida. Muitos que conheceram a Gnose e que depois abandonaram seus métodos, voltando a se refugiar nalguma crença do passado, certamente não conseguiram compreender a fundo a “filosofia gnóstica de viver” ou o “sistema gnóstico de vida”. Ou, simplesmente, não tiveram valor suficiente para levá-la adiante... Muitos deles, que agora estão retirados de nosso meio, até nos atiram pedras. Mas, certamente, isso se deve às suas próprias limitações. Simplesmente, mostraram-se incapazes de superar a si mesmos. E foram buscar consolo no isolamento ou na alienação do mundo.
Para a Gnose a morte dos defeitos é a razão primordial de nossa existência. E a Gnose nos ensina que podemos fazer isso enquanto seguimos vivendo normalmente, mudando apenas a atitude em relação à vida e aos acontecimentos. Esta “via do coração” não é mais que, simplesmente, “santificar cada momento diário”. Para isso, claro, é preciso aprender a viver de forma “consciente”, selecionando impressões e também transformando impressões antigas ou aquelas que nos atingem de forma inesperada. Só assim conseguiremos uma transformação profunda e radical, com o tempo...
Paralelamente à morte de nossos defeitos, devemos trilhar o “caminho da castidade e da pureza”. Ninguém pode despertar sua alma ou a consciência divina que dormita no fundo profundo de nossa mente sem esses dois aspectos:
1. Morte de defeitos
2. Prática da castidade e pureza
Porém, há que se entender o que significa “castidade” em Gnose. Isso nada tem a ver com as sinistras abstenções sexuais adotadas e ensinadas por certas religiões ocidentais e orientais e suas nefastas conseqüências, incluindo-se nelas “a impossibilidade de despertar a consciência”. Mas isso é tema para outra reflexão...
Nosso tema hoje é a única coisa importante desta vida, que não nos é visível: é nossa ALMA, nosso SER. Aparência, idade, função social, raça, etc. nada disso importa. Somente a alma é importante. E a alma não tem cor, nem raça, nem religião, nem bandeira, nem partido político, nem nacionalidade, nada.
Temos alma, mas não a possuímos. Esta alma pertence ao Ser Íntimo, ao Deus Interno individual, o qual, por sua vez, é parte natural do ETERNO PAI CÓSMICO COMUM. A Gnose, como doutrina iniciática autêntica, ensina o Caminho para nos integrarmos, total e profundamente, com nossa alma e com nosso Ser. E isso passa pela descoberta, análise, tomada de consciência e eliminação de nossos defeitos e também no sábio e alquímico uso das energias sexuais. Sem isso, levado a cabo de forma concomitante, simplesmente não há nem pode haver “integração de alma com o Ser” e nem autêntico ”despertar divino”. E solenemente afirmamos que “mente ou se equivoca quem diz outra coisa”.
Muitos anelam alcançar um nível espiritual onde seja possível conhecer e fazer unicamente a vontade de seu amado Pai. Mas isso só é possível quando tivermos eliminado boa parte de nossos egoísmos e egos. Enquanto estivermos submetidos à vontade, caprichos e vontades de nossa mente e de nossos egos, é simplesmente impossível fazer a vontade de nosso Pai que está nos céus.
É louvável o esforço e o trabalho que fazem muitos líderes espirituais no sentido de inculcar nos adeptos de suas religiões os valores positivos da alma. Mas apenas isso é pouco. É só um começo elemental porque por mais fortes que sejam as virtudes numa pessoa, enquanto tiver egos acabará tropeçando e caindo, e num momento de vacilação e fraqueza, trocar seu “direito à primogenitura por um prato de feijões”.
Diferentemente do que ensinam as preciosas e veneráveis doutrinas de outros tempos, a GNOSE ensina a andar com as duas pernas: [1]a da formação e fortalecimento das virtudes e [2]a da descoberta e eliminação de defeitos e imperfeições psicológicas. Fazer apenas um desses trabalhos equivale a querer andar com uma perna só.
Este trabalho sobre si costuma ser mais amargo que o fel, e só os muito pacientes e os muito persistentes triunfam. Nenhuma pessoa volúvel, que a toda hora [ou de tempos em tempos] muda de posição e de instituição ou religião conseguirá alcançar o triunfo completo neste Caminho.
Até podemos sonhar que somos grandes e importantes aqui neste mundo, mas findo o “capital cósmico de nossa existência”, é certo que desencarnamos, e diante da Lei Divina teremos que prestar contas de tudo que fizemos ou deixamos de fazer.
Alguém já disse com muito acerto que não existe religião “superior à Verdade” e que não existe lei maior que “a lei do amor”. Porém antes precisamos “encarnar a verdade que é nosso Pai” e precisamos aprender que “amor é lei porém amor consciente”.
Em forma axiomática podemos dizer: “A Verdade é o Pai que está oculto no fundo profundo de nós mesmos. O Amor é o Filho [Cristo]que se sacrifica conscientemente para que tenhamos vida. A Castidade ou Pureza é o Espírito Santo [a Santa Pomba de alva plumagem] que habita em nossas energias criadoras”.
Quem quiser de verdade tomar o Caminho Espiritual, deve saber que isso precisa se tornar “prioridade” em sua vida. Do contrário, continuará sendo apenas mais um “crente” como bilhões de outros espalhados pelo mundo, e não importa a cor das vestimentas de seus monges ou lamas. O trabalho espiritual é algo tão real e concreto quanto nosso trabalho material, e somos levados a crer que indo à missa aos domingos ou participando do culto semanal de nossa religião ou ainda realizando alguma vivência mística isso já é suficiente como que para “fazer o trabalho espiritual”.
A realidade é que enquanto não formos capazes de reconhecer nosso estado equivocado de viver, não podemos nem amar a Deus nem servir nosso semelhante de forma sincera e desinteressada. E quem não se dá conta do estado equivocado em que vive, é mais que evidente que se encontra estancado na via espiritual.
Quem despertou ou está despertando, certamente não vive nem pode mais viver refugiado numa caverna, auto-encerrado em seu próprio egoísmo e somente devotado a si mesmo e às reflexões intelectuais. Os autênticos seguidores do Cristo sacrificam-se em favor de seus irmãos e estão dispostos até mesmo a morrer em favor da humanidade e da divindade, sem fanatismo de espécie alguma, apenas por “consciência consciente do Dharma ou Dever Sagrado”.
Não pode haver nem Cristos nem Buddhas assentados em vaidades, orgulhos, títulos de maestrias, cargos ou papéis sociais. Nem mesmo em simples nobres pensamentos. Os autênticos cristificados e Buddhas de Compaixão são aqueles que imolam suas vidas para que outros possam viver mais e melhor. Para tanto, é preciso, desde um começo, transformar sua vida num permanente Apostolado. Mas, sem a morte radical dos egos e egoísmos, até os mais finos e delicados, ninguém se torna um apóstolo cem por cento isento de interesses. Para tanto temos que ir além da mente e assentar nossa vida, definitivamente, em nossa própria alma.
Paz Inverencial!
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