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MMSorge

Tradutor Universal


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Uma Descrição da Vida do Buda - Budismo Theravada


Uma Descrição da Vida do Buda
Leituras do Cânone em Pali


Esta é uma descrição da vida do Buda baseada em trechos de suttas do Cânone em Pali.Nesta breve antologia você irá encontrar material suficiente para ter pelo menos uma idéia da extensão dos ensinamentos do Buda e da trajetória envolvente da sua vida extraordinária.
Para relatos mais detalhados da vida do Buda, por favor veja estas duas excelentes antologias: The Splendour of Enlightenment: A Life of the Buddha (dois volumes), compilado por Phra Khantipalo (Bangkok: Mahamakut Rajavidyalaya Press, 1976), e The Life of the Buddhapor Bhikkhu Ñanamoli (Kandy: Buddhist Publication Society, 1992).


"De fato, o Abençoado é um arahant, perfeitamente iluminado, consumado no verdadeiro conhecimento e conduta, bem-aventurado, conhecedor dos mundos, um líder insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas, mestre de devas e humanos, desperto, sublime."
"Itipi so bhagava araham, sammasambuddho, vijjacaranasampanno, sugato, lokavidu, anuttaro purisadammasarathi, sattha devamanussanam, buddho, bhagava."


Conteúdo:
·         O Bodisatva (que será Buda)
·         A iluminação
·         Após a iluminação
·         Os últimos dias do Buda




O Bodisatva (que será Buda)
Asita, o vidente, visita o príncipe recém nascido
[Data: -80 EB]
Asita, o vidente, na sua meditação do meio dia,
viu os devas do Grupo dos Trinta
    - exultantes, estáticos -
 

vestidos com puro branco, honrando a
 Indra,
segurando estandartes, aplaudindo desordenadamente,
e vendo os devas assim felizes e contentes,
ao saudá-los, ele disse:
“Por que a comunidade dos devas
    está tão desordenadamente exaltada?
Por que vocês estão segurando estandartes
e acenando com eles ao redor?
Mesmo após a guerra com os Asuras
    - quando a vitória foi dos devas,
    os Asuras derrotados -
 
mesmo então não havia uma excitação como essa.
Vendo qual maravilha
os devas estão tão felizes?
    Vocês gritam,
    cantam,
    tocam música,
    batem palmas,
    dançam.


Então eu pergunto a vocês que vivem no topo do
 Monte Meru.
Por favor dissipem a minha dúvida logo, estimados senhores.”
“O Bodisatva, a jóia mais preciosa,
    inigualável,
nasceu para o bem estar e felicidade
    no mundo humano,
em uma cidade na região dos
 Sakyas,
    Lumbini.


É por isso que estamos todos desordenadamente exaltados.
Ele, o supremo de todos os seres,
a pessoa suprema,
um touro entre os homens, o primeiro entre todas as pessoas,
colocará em movimento a Roda [do Dhamma]
no bosque
 com o nome dos videntes,
como um leão forte, rugindo,
o conquistador de bestas.”
Ouvindo essas palavras,
Asita rapidamente descendeu [do paraíso]
e se dirigiu à residência de Suddhodana.


Lá, tomando um assento, ele disse aos Sakyas:
    “Onde está o príncipe?
    Eu, também, quero vê-lo.”


Os Sakyas então mostraram
para o vidente chamado Asita
    o seu filho, o príncipe,
    como ouro brilhante,
polido pelo mais hábil ourives
na boca da fornalha,
resplandecendo em glória, imaculado na cor.


Vendo o príncipe resplandecendo como uma chama,
puro como um cometa
 
cruzando os céus
    - o sol incandescente,
    livre das nuvens do outono -
 
exultante, pleno com êxtase abundante.


Os devas seguravam no céu
um guarda sol com muitos raios
e mil circulos.


Pequenas vassouras com cabos de ouro
ondulavam para cima e para baixo,
porém aqueles que seguravam as vassouras e o guarda sol
    não podiam ser vistos.


O vidente com o cabelo opaco
denominado Esplendor Escuro,
vendo o menino, como um ornamento de ouro
sobre o cobertor de lã vermelho,
um guarda sol branco cobrindo a cabeça,
o recebeu, feliz e contente.


E ao receber o touro dos
 Sakyas,
saudosamente, o mestre dos mantras e sinais
exclamou com a mente confiante:


    “Este é insuperável,
    o mais elevado da raça bípede.”
Então, prevendo a sua iminente partida,
ele, deprimido, verteu lágrimas.
Vendo-o chorar,


os Sakyas perguntaram:


    “Mas com certeza não haverá
    perigo para o príncipe?”
Vendo a preocupação dos Sakyas
ele respondeu, “Eu prevejo para o príncipe
    nenhum dano.


Nem haverá para ele qualquer perigo.


Ele não é inferior: tenham certeza.


    Este príncipe alcançará
    o máximo despertar por seu próprio mérito.


Ele, vendo a máxima pureza,
colocará em movimento a Roda do Dhamma
por compaixão pelo bem estar de muitos.


A sua vida santa se espalhará em muitas direções.


    Mas quanto a mim

minha vida aqui não tem mais resíduo;
minha morte ocorrerá antes.


    Eu não ouvirei
o Dhamma deste aqui com a tarefa inigualável.
Essa é a razão porque estou golpeado,
    atormentado e triste.”
O jovem príncipe se desencanta com a sua vida luxuosa
“ Bhikkhus, Eu vivi em refinamento, o maior refinamento, refinamento total. Meu pai mandou construir no nosso palácio lagos com flores de lótus: um onde floresciam lótus vermelhas, outro onde floresciam lótus brancas, outro onde floresciam lótus azuis, tudo em meu beneficio. Eu não usava outro sândalo que não fosse de Benares. Meu turbante era de Benares, como era minha túnica, minha roupa de baixo e minha capa. Uma sombrinha branca era mantida sobre mim durante o dia e noite para proteger-me do frio, calor, poeira, sujeira e orvalho.
“ Eu tinha três palácios: um para a estação fria, um para a estação quente e um para a estação das chuvas. Durante os quatro meses da estação das chuvas eu era entretido nopalácio para a estação das chuvas por menestréis e não havia nenhum homem entre eles, e eu não saia nunca do palácio.. Enquanto que os serviçais, trabalhadores e empregados nas casas de outras pessoas eram alimentados com sopa de lentilhas e arroz quebrado, na casa do meu pai os serviçais, trabalhadores e empregados eram alimentados com trigo, arroz e carne.
“ Apesar de ter sido favorecido com essa boa sorte, com tal total refinamento, o pensamento me ocorreu: ‘Quando uma pessoa sem instrução, uma pessoa comum, sujeita ao envelhecimento, que não superou o envelhecimento, vê um outro que está envelhecido, ela fica horrorizada, repelida e enojada, sem se dar conta, de que ela também está sujeita ao envelhecimento, que não superou o envelhecimento. Se eu – que estou sujeito ao envelhecimento, que não superei o envelhecimento – ficasse horrorizado, repelido e enojado vendo uma pessoa que é velha, isso não seria digno.’ Notando isso, a [típica] embriaguez de um jovem com a juventude desapareceu completamente.
“ Apesar de ter sido favorecido com essa boa sorte, com tal total refinamento, o pensamento me ocorreu: ‘Quando uma pessoa sem instrução, uma pessoa comum, sujeita a enfermidade, que não superou a enfermidade, vê um outro que está enfermo, ela fica horrorizada, repelida e enojada, sem se dar conta, de que ela também esta sujeita à enfermidade, que não superou a enfermidade. Se eu – que estou sujeito à enfermidade, que não superei a enfermidade – ficasse horrorizado, repelido e enojado vendo uma pessoa que está enferma, isso não seria digno.’ Notando isso, a [típica] embriaguez de um jovem com a juventude desapareceu completamente.
“ Apesar de ter sido favorecido com essa boa sorte, com tal total refinamento, o pensamento me ocorreu: ‘Quando uma pessoa sem instrução, uma pessoa comum, sujeita à morte, que não superou a morte, vê um outro que está morto, ela fica horrorizada, repelida e enojada, sem se dar conta, de que ela também esta sujeita à morte, que não superou a morte. Se eu – que estou sujeito à morte, que não superei a morte – ficasse horrorizado, repelido e enojado vendo uma pessoa morta, isso não seria digno.’ Notando isso, a [típica] embriaguez de um jovem com a juventude desapareceu completamente.
Aos 29 anos de idade, o jovem príncipe segue a vida santa
[Data: -51 EB]
"Antes do meu Despertar quando eu ainda era um Bodisatva não iluminado, eu pensei: 'A vida em família é confinada, um caminho empoeirado. A vida santa é como o ar livre. Não é fácil viver em casa e praticar a vida santa completamente perfeita, totalmente pura, como uma concha polida. E se eu raspasse o meu cabelo e barba, vestisse os mantos de cor ocre e seguisse a vida santa?'
"Mais tarde, ainda jovem, um homem jovem com o cabelo negro, dotado com as bênçãos da juventude, na flor da juventude, embora minha mãe e meu pai desejassem outra coisa e chorassem com o rosto coberto de lágrimas, eu raspei meu cabelo e barba, vesti o manto de cor ocre e deixei a vida em família e segui a vida santa."
Passantes notam o seu brilho sereno e atenção plena
Ao seguir a vida santa,
    ele evitou as ações ruins e prejudiciais com o corpo.
    Abandonando a linguagem ruim e prejudicial,
    ele purificou o seu modo de vida.
Então ele, o Buda, foi para Rajagaha,
a fortaleza dos Magadhas na montanha,
    para esmolar alimentos,
dotado com todas as marcas de um grande homem.
O rei Bimbisara, em pé no seu palácio, o viu,
e ao vê-lo, com as marcas consumadas,
disse: "Vejam aquele, senhores.
Que formoso, majestoso, puro!
Como é perfeito o seu comportamento!
Plenamente atento, com os olhos baixos,
olhando somente a uma pequena distância à sua frente
como alguém que não é de uma linhagem inferior:
Enviem os mensageiros reais imediatamente
para ver aonde irá esse bhikkhu."
Eles – os mensageiros enviados - 
o seguiram.
    "Aonde irá este bhikkhu?
    Onde será que ele habita?"
Conforme ele ia de casa em casa -
 
bem contido, com as suas portas dos meios dos sentidos guardadas,
    plenamente atento, alerta -
 
a sua tigela se encheu rapidamente.
Então ele, o sábio, tendo esmolado comida,
deixou a cidade, dirigindo-se ao Monte Pandava.
    "Aquele deve ser o lugar que ele habita."
Vendo-o ir para aquele lugar,
três mensageiros se sentaram
enquanto que um retornou para contar ao rei.
"Aquele bhikkhu, majestade,
no flanco do Pandava,
senta como um tigre, um touro,
um leão em uma fenda na montanha."
Um rei deseja saber: "Por que você seguiu a vida santa?"
Ouvindo as palavras do mensageiro,
o nobre rei guerreiro
imediatamente foi com a carruagem real,
para o Monte Pandava.
Indo até onde a carruagem permitia,
ele desceu e continuou a pé,
ao chegar ele sentou
e ambos se cumprimentaram.
Quando a conversa cortês e amigável havia terminado,
ele disse:
"Você é jovem, vigoroso,
na flor da juventude
dotado com a estatura e a cor
 
    de um nobre guerreiro.
O seu aspecto seria glorioso
    à frente de um exército
    dotado com um batalhão de elefantes.
Eu lhe ofereço riqueza: desfrute dela.
Eu pergunto o seu nascimento: me diga."
"Direto em frente, sua majestade,
na base do Himalaia,
há um país consumado
em energia e riqueza,
habitado pelos Kosalas:
    Do sol por clã,
    Sakya por nascimento.
Dessa linhagem eu segui a vida santa,
mas não em busca de prazeres sensuais.
Vendo o perigo nos prazeres sensuais
- e a renúncia como o descanso -
 
        Eu me esforço.
    É com isso que meu coração se delicia."
O Bodisatva em pouco tempo supera as realizações dos seus mestres
"Tendo seguido a vida santa em busca do que é benéfico, buscando o insuperável estado de paz sublime procurei por Alara Kalama e lhe disse: 'Amigo Kalama, quero viver a vida santa neste Dhamma e Disciplina.' Alara Kalama respondeu, ‘O Venerável pode ficar aqui, meu amigo. Este Dhamma é tal que uma pessoa sábia pode em pouco tempo entrar e permanecer nele, compreendendo por si mesmo através do conhecimento direto a doutrina do seu mestre.' Em breve aprendi aquele Dhamma. No que diz respeito à mera recitação e repetição dos seus ensinamentos, eu falava com conhecimento e segurança e reivindicava, ‘Eu sei e vejo’ – e havia outros que assim também diziam.
"Eu pensei: 'Não é somente pela mera fé que Alara Kalama declara, "Tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto, eu entro e permaneço neste Dhamma.” Com certeza Alara Kalama permanece conhecendo e vendo este Dhamma.' Então fui até Alara Kalama e perguntei: ‘Amigo Kalama, de que forma, tendo compreendido por você mesmo com conhecimento direto, você declara que entra e permanece nesse Dhamma?' Em resposta, ele declarou a esfera do nada.
"Eu pensei: 'Não somente Alara Kalama tem fé, energia, atenção plena, concentração e sabedoria. Eu, também, tenho fé, energia, atenção plena, concentração e sabedoria. E se eu me esforçasse para realizar por mim mesmo o Dhamma no qual Alara Kalama declara entrar e permanecer, tendo compreendido por ele mesmo através do conhecimento direto?'
“Assim em pouco tempo eu entrei e permaneci naquele Dhamma, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto. Eu fui até Alara Kalama e perguntei, 'Amigo Kalama, é dessa forma que você declara que entra e permanece neste Dhamma, tendo compreendido por você mesmo através do conhecimento direto?' – ‘Essa é a forma, amigo.' – ‘É dessa forma, amigo, que eu também entro e permaneço nesse Dhamma, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto.' – ‘É um ganho para nós, meu amigo, um grande ganho para nós, que tenhamos um tal venerável como companheiro na vida santa. Portanto, o Dhamma no qual eu declaro que entro e permaneço, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto, é o Dhamma no qual você declara entrar e permanecer, tendo compreendido por você mesmo com o conhecimento direto. E o Dhamma no qual você declara entrar e permanecer, tendo compreendido por você mesmo com o conhecimento direto, é o Dhamma no qual eu declaro que entro e permaneço, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto. Portanto, você conhece o Dhamma que eu conheço e eu conheço o Dhamma que você conhece. Como eu sou, assim é você; como você é, assim eu sou. Venha amigo, vamos agora liderar esta comunidade juntos.'
Dessa forma Alara Kalama, meu mestre, colocou-me, seu pupilo, no mesmo nível que ele e me concedeu a maior honra possível. Porém, o pensamento me ocorreu, ‘Este Dhamma não conduz ao desencantamento, ao desapego, à cessação, à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana, mas somente ao reaparecimento na esfera do nada.’ Dessa forma, não estando satisfeito com esse Dhamma, eu parti.
"Ainda em busca, bhikkhus, do que é benéfico, buscando o insuperável estado de paz sublime procurei por Uddaka Ramaputta e ao chegar, eu lhe disse: 'Amigo Uddaka, quero viver a vida santa neste Dhamma e Disciplina.' Uddaka Ramaputta respondeu, ‘O Venerável pode ficar aqui, meu amigo. Este Dhamma é tal que uma pessoa sábia pode em pouco tempo entrar e permanecer nele, compreendendo por si mesmo através do conhecimento direto a doutrina do seu mestre.' Em breve aprendi aquele Dhamma. No que diz respeito à mera recitação e repetição dos seus ensinamentos, eu falava com conhecimento e segurança e reivindicava, ‘Eu sei e vejo’ – e havia outros que assim também diziam.
"Eu pensei: 'Não foi somente pela mera fé que Rama declarava, "Tendo compreendido por mim mesmo através do conhecimento direto, eu entro e permaneço neste Dhamma.” Com certeza Rama permanecia conhecendo e vendo este Dhamma.' Então fui até Uddaka Ramaputta e perguntei: ‘Amigo, de que forma Rama, tendo compreendido por ele mesmo através do conhecimento direto, declarou que entrou e permaneceu nesse Dhamma?' Em resposta, Uddaka Ramaputta declarou a esfera da nem percepção, nem não percepção.
"Eu pensei: 'Não somente Rama tinha fé, energia, atenção plena, concentração e sabedoria. Eu, também, tenho fé, energia, atenção plena, concentração e sabedoria. E se eu me esforçasse para realizar por mim mesmo o Dhamma no qual Rama, tendo compreendido por ele mesmo através do conhecimento direto, declarou que entrou e permaneceu?'
“Assim, em pouco tempo eu entrei e permaneci naquele Dhamma, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto. Então eu fui até Uddaka Ramaputta e perguntei, 'Amigo, é dessa forma que Rama declarou que entrou e permaneceu neste Dhamma, tendo compreendido por ele mesmo através do conhecimento direto?' – ‘Essa é a forma, amigo.' – ‘É dessa forma, amigo, que eu também entro e permaneço nesse Dhamma, tendo compreendido por mim mesmo com o conhecimento direto.' – ‘É um ganho para nós, meu amigo, um grande ganho para nós, que tenhamos um tal venerável como companheiro na vida santa. Portanto, o Dhamma no qual Rama declarou que entrou e permaneceu, tendo compreendido por ele mesmo com o conhecimento direto, é o Dhamma no qual você entra e permanece, tendo compreendido por você mesmo com o conhecimento direto. E o Dhamma que você entra e permanece tendo compreendido por você mesmo com o conhecimento direto, é o Dhamma no qual Rama declarou que entrou e permaneceu, tendo compreendido por ele mesmo com o conhecimento direto. Portanto, você conhece o Dhamma que Rama conhecia e Rama conhecia o Dhamma que você conhece. Como Rama era, assim é você; como você é, assim era Rama. Venha amigo, agora lidere esta comunidade.'
“Dessa forma, Uddaka Ramaputta, meu companheiro na vida santa, colocou-me na posição de mestre e me concedeu a maior honra possível. Porém, o pensamento me ocorreu, ‘Este Dhamma não conduz ao desencantamento, ao desapego, à cessação, à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana, mas somente ao reaparecimento na esfera da nem percepção, nem não percepção.’ Dessa forma, não estando satisfeito com esse Dhamma, eu parti.
Ele pratica austeridades extremas na floresta
"Eu pensei: 'E se eu, com os dentes cerrados e pressionando minha língua contra o céu da boca, abatesse, forçasse e subjugasse minha mente com a minha mente.' Dessa forma, com os dentes cerrados e pressionando minha língua contra o céu da boca, abati, forcei e subjuguei minha mente com a minha mente. Enquanto eu fazia isso o suor emanava das minhas axilas. Tal como um homem forte agarra um homem mais fraco pela cabeça ou pelos ombros e o abate, o força e o subjuga, da mesma forma com os dentes cerrados e pressionando minha língua contra o céu da boca, abati, forcei e subjuguei minha mente com a minha mente e o suor emanava das minhas axilas. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Eu pensei: 'E se eu praticasse a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração e a expiração através do meu nariz e boca. Ao fazer isso, houve um forte rugido de ventos saindo pelos ouvidos. Tal como o forte rugido dos ventos que saem do fole de um ferreiro, da mesma forma, quando parei a inspiração e a expiração através do meu nariz e boca houve um forte rugido de ventos saindo pelos ouvidos. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Eu pensei: 'E se eu praticasse mais a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos. Ao fazer isso, ventos violentos retalharam a minha cabeça. Tal como se um homem forte estivesse retalhando a minha cabeça com uma espada afiada, da mesma forma, quando parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos ventos violentos retalharam a minha cabeça. Mas, embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Eu pensei: 'E se eu praticasse mais a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos. Ao fazer isso, dores violentas surgiram na minha cabeça. Tal como se um homem forte estivesse apertando em volta da minha cabeça uma tira de couro resistente, da mesma forma, quando parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos dores violentas surgiram na minha cabeça. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Eu pensei: 'E se eu praticasse mais a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos. Ao fazer isso, forças violentas retalharam a cavidade do meu estômago. Tal como se um açougueiro ou seu aprendiz estivessem retalhando a cavidade do estômago de um boi com uma faca afiada, da mesma forma, quando parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos, forças violentas retalharam a cavidade do meu estômago. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Eu pensei: 'E se eu praticasse mais a meditação sem respirar.' Assim eu parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos. Ao fazer isso, houve uma queimação violenta no meu corpo. Tal como se dois homens fortes agarrassem um homem mais fraco pelos braços o assassem sobre uma cova com brasas em chamas, da mesma forma, quando parei a inspiração e a expiração através do nariz, boca e ouvidos, houve uma queimação violenta no meu corpo. Mas embora uma energia incansável houvesse sido estimulada em mim e uma persistente atenção plena houvesse se estabelecido, meu corpo estava agitado e inquieto porque eu estava exausto devido ao doloroso esforço. Porém, a sensação de dor que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
“Agora quando os devas me viram, alguns disseram, 'Gotama o contemplativo está morto.' Outros devas disseram, 'Ele não está morto, ele está morrendo.' E outros disseram, 'Ele não está morto, nem morrendo; ele é um arahant, pois é assim como praticam os arahants.'
"Eu pensei: 'E se eu praticasse cortando completamente a alimentação.' Então os devas vieram até mim e disseram, 'Estimado senhor, por favor não utilize a prática do corte completo da alimentação. Se você assim o fizer, nós infundiremos alimento divino através dos seus poros e você sobreviverá com isso.' Eu pensei, 'Se eu afirmar estar em jejum completo enquanto esses devas estiverem infundindo alimento divino através dos meus poros, eu estarei mentindo.' Assim eu os dispensei, dizendo, 'Não é necessário.'
"Eu pensei: 'E se eu comesse somente um pouco de comida de cada vez, uma mão cheia de cada vez, seja de sopa de feijão ou de sopa de lentilha, ou de sopa de legumes, ou sopa de ervilhas.' Assim, eu comia muito pouco, uma mão cheia de cada vez, seja de sopa de feijão ou de sopa de lentilha, ou de sopa de legumes, ou de sopa de ervilhas. Enquanto eu fazia isso meu corpo ficou extremamente emaciado. Por comer tão pouco, os meus membros ficaram como os segmentos articulados de uma videira ou bambu. Por comer tão pouco, as minhas costas ficaram como a corcova de um camelo. Por comer tão pouco, as projeções da minha espinha pareciam contas de um cordão. Por comer tão pouco, as minhas costelas se projetavam para a frente tão frágeis como as traves de um celeiro destelhado. Por comer tão pouco, o brilho dos meus olhos se afundou dentro da cavidade do olho, parecendo com o brilho d´água no fundo de um poço profundo. Por comer tão pouco, o meu escalpo enrugou e encolheu como uma abóbora verde, amarga, enruga e encolhe com o vento e o sol. Por comer tão pouco, a pele da minha barriga se uniu à minha espinha; portanto se eu tocasse a minha barriga encontrava a minha espinha e se tocasse a minha espinha encontrava a pele da minha barriga. Por comer tão pouco, se eu tentasse aliviar meu corpo esfregando meus membros com as mãos, os pelos, com as raízes apodrecidas, caíam do corpo à medida que eu os esfregava.
"Agora, quando as pessoas me viam, algumas diziam: 'O contemplativo Gotama é negro. Outras pessoas diziam, 'O contemplativo Gotama não é negro, ele é marrom.' Outros diziam, 'O contemplativo Gotama não é negro nem marrom, ele tem a pele dourada.’ Tanto havia se deteriorado a complexão pura e brilhante da minha pele, por comer tão pouco.
"Eu pensei: 'Todos os contemplativos ou brâmanes que no passado experimentaram sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço, isto é o máximo, não existe nada além disso. Todos os contemplativos ou brâmanes que no futuro experimentarão sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço, isto é o máximo, não existe nada além disso. E todos os contemplativos ou brâmanes que no presente experimentam sensações dolorosas, torturantes e penetrantes devido ao esforço, isto é o máximo, não existe nada além disso. Mas, através desta prática de austeridades atormentadoras eu não alcancei nenhum estado supra-humano, nenhuma distinção em conhecimento e visão digna dos nobres. Poderia haver um outro caminho para a iluminação?"
Ele confronta o medo e o terror de frente
“Eu habitei naqueles lugares que inspiram o pavor, lugares horripilantes como os santuários em jardins, santuários nas florestas e santuários nas árvores. E enquanto lá estava, um animal selvagem veio até a mim ou um pavão quebrou um galho, ou o vento murmurou nas folhas. Eu pensei: ‘E agora se esse for o medo e o terror vindo?’ eu pensei: ‘Porque permaneço sempre esperando o medo e o terror? E se eu subjugasse esse medo e terror mantendo a mesma postura em que eu me encontrar quando ele vier me encontrar?”
“Enquanto eu caminhava, o medo e terror vieram me encontrar; eu nem fiquei parado, nem sentei, nem deitei até que tivesse subjugado aquele medo e terror. Enquanto estava em pé, o medo e o terror vieram me encontrar; eu nem andei, nem sentei nem deitei até que tivesse subjugado aquele medo e terror. Enquanto estava sentado, o medo e o terror vieram me encontrar; eu nem andei, nem fiquei em pé, nem deitei até que tivesse subjugado aquele medo e terror. Enquanto estava deitado, o medo e o terror vieram me encontrar; eu nem andei, nem fiquei em pé, nem sentei até que tivesse subjugado aquele medo e terror.”
[MN 4]
Mara, a personificação do mal, lhe faz uma visita
“Da mesma forma, bhikkhus, Mara, o Senhor do Mal, está continuamente e constantemente, esperando ao seu lado, pensando, ‘Talvez eu tenha uma oportunidade através do olho … do ouvido … do nariz … da língua … do corpo. Talvez eu tenha uma oportunidade através da mente.’ Portanto, bhikkhus, permaneçam com as portas dos meios dos sentidos bem guardadas.
Estando 
    próximo ao rio Nerañjara,
    esforçando-me em meditação,
    para conquistar a segurança contra o cativeiro,
Namuci veio,
    falando palavras com compaixão:
”Você está emaciado, parece doente,
    você está próximo
    da morte.


A morte
 
tem mil partes suas
e apenas uma fração sua
está viva.
Viva, bom senhor!
 
A vida é melhor.


Vivo,
você pode fazer
atos meritórios.
Vivendo em celibato,
realizando o sacrifício do fogo,
muito mérito é realizado.
    Qual benefício lhe trará o esforço?
É difícil de seguir
- o caminho do esforço -
 
difícil de realizar, difícil
de manter.”
Mara disse esses versos
na presença do Abençoado.


E para aquele Mara, que disse aquilo,
o Abençoado respondeu o seguinte:
“Companheiro dos negligentes,
    Diabólico,
porque você veio até aqui?


Aqueles que precisam de mérito:
esses são aqueles
a quem Mara deve se dirigir.
Eu tenho fé,
energia,
sabedoria.


Estando decidido pelo esforço,
porque você me pede que
 
    eu viva?


Este vento poderia secar
    até mesmo as águas de rios.


Por que, estando decidido,
meu sangue não deveria secar?


Na medida em que meu sangue seca
bílis e fleuma secam.


Na medida em que a carne é consumida,
a mente se torna mais tranqüila;
atenção plena, sabedoria,
concentração se
 
    firmam.


Permanecendo dessa forma,
alcançando a sensação máxima,
a mente não tem interesse
 
nos desejos sensuais.
    Veja:


    a pureza
 
    de um ser!
Sensualidade é o seu primeiro exército.
O
 segundo é chamado Descontentamento.
O terceiro é Fome e Sede.
O quarto é chamado Desejo.
O quinto é Preguiça e Torpor.
O sexto é chamado Medo.
O sétimo é Dúvida.
Hipocrisia e Teimosia, o oitavo.


Ganhos, Honrarias, Fama e
 Status
    obtidos
 de forma incorreta,
e qualquer um que se vanglorie
e menospreze outros.
Esse, Namuci, é o seu exército
a força de ataque do Negro.


Um covarde e preguiçoso não pode vencê-lo,
porém quem o derrota
conquista a felicidade.
Eu carrego a erva muñja? 
Eu cuspo na minha vida.
Morte na batalha seria melhor
 
do que, se derrotado,
eu sobrevivesse.
Alguns brâmanes e contemplativos,
    não são vistos aqui se esforçando,
tão imersos eles estão no mundo.
Eles não conhecem o caminho
 
trilhado por aqueles com a conduta perfeita.
Vendo o exército que me cerca
    pronto para a luta

com Mara montado no seu elefante,
eu vou para a luta
de modo que ele não me mova
    da
 minha posição.

Esse seu exército,
que o mundo com os seus devas
        é incapaz de subjugar,
Eu esmagarei com a sabedoria,
 
igual a uma cerâmica que não foi cozida, por uma pedra.
Tendo domesticado a mente,
a atenção plena bem estabelecida,
eu irei, de reino em reino,
treinando muitos discípulos.
Diligentes e energéticos
na prática dos meus ensinamentos,
 
os ensinamentos daqueles desprovidos de desejos sensuais,
eles irão
aonde, tendo ido,
não há sofrimento.”
Mara:
“Por sete anos, segui de perto
os passos do Abençoado,
mas não tive uma oportunidade
para derrotar esse plenamente atento
 
    Perfeitamente Iluminado.
Um corvo sobrevoa uma pedra
 
com a cor da gordura
    - ‘Talvez tenha encontrado
    algo tenro ali.


    Talvez seja algo para comer’ -
Mas não encontrando nada comestível,
o corvo vai embora.


Igual ao corvo e a pedra,
Eu deixo Gotama, desalentado.”
Tomado pela tristeza,
o alaúde caiu do seu braço.
E aquele espírito deprimido,
exatamente ali
desapareceu.
Ele abandona as suas austeridades
"Eu refleti: 'Eu me recordo que quando meu pai, o Sakya, estava ocupado enquanto eu estava sentado à sombra fresca de um jambo-rosa, afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis, eu entrei e permaneci no primeiro jhana, que é caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento. Poderia ser esse o caminho para a iluminação?' Então, seguindo essa memória, cheguei à conclusão: ‘Esse é o caminho para a iluminação.’
"Eu pensei: 'Por que temo esse prazer que não tem nada que ver com a sensualidade, nem com qualidades mentais prejudiciais?' Eu pensei: 'Eu não temo mais esse prazer já que ele não tem nada que ver com a sensualidade nem com qualidades mentais prejudiciais.'
"Eu refleti: 'Não é fácil alcançar esse prazer com um corpo tão extremamente emaciado. E se eu comesse alguma comida sólida - um pouco de arroz doce com leite.' E eu comi um pouco de comida sólida: um pouco de arroz doce com leite. Agora os cinco monges que estavam comigo, pensaram: 'Se Gotama, nosso contemplativo, alcançar algum estado mais elevado, ele nos dirá.’' Porém, quando eles me viram comendo comida sólida – um pouco de arroz doce com leite – eles sentiram repulsa e me deixaram, pensando: 'O contemplativo Gotama agora vive gratificado pelos sentidos. Ele deixou de lado a sua busca e reverteu ao luxo.'
"Agora, tendo comido comida sólida e recuperado as minhas forças, afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis eu entrei e permaneci no primeiro jhana, que é caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento. Mas essa sensação prazerosa que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Abandonando o pensamento aplicado e sustentado eu entrei e permaneci no segundo jhana ... Abandonando o êxtase ... eu entrei e permaneci no terceiro jhana ... Com o completo desaparecimento da felicidade ... eu entrei e permaneci no quarto jhana. Mas essa sensação prazerosa que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu."


A iluminação 
[Data: -45 EB]
Ele descobre o Caminho do Meio
“ Bhikkhus, há esses dois extremos aos quais aquele que abandonou a vida em família e seguiu a vida santa não deve se entregar. Quais dois? A busca da felicidade nos prazeres sensuais, que são baixos, vulgares, grosseiros, ignóbeis e que não trazem benefício; e a busca da mortificação, que é dolorosa, ignóbil e que não traz benefício. Evitando esses dois extremos o Tathagata despertou para o Caminho do Meio, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana.
“ E qual, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão ... que conduz a Nibbana? É este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta. Esse, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana.
Ele penetra os Três Conhecimentos
"Quando a minha mente dessa forma concentrada, purificada, luminosa, pura, imaculada, livre de defeitos, flexível, maleável, estável e atingindo a imperturbabilidade, eu a dirigi para o conhecimento da recordação de minhas vidas passadas. Eu recordei minhas muitas vidas passadas, isto é, um nascimento, dois...cinco, dez...cinqüenta, cem, mil, cem mil, muitos ciclos cósmicos de contração, muitos ciclos cósmicos de expansão, muitos ciclos cósmicos de contração e expansão: 'Lá eu tinha tal nome, pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era minha comida, assim era a minha experiência de prazer e de dor, assim foi o fim da minha vida. Falecendo daquele estado eu ressurgi ali. Ali eu também tinha tal nome, pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era a minha comida, assim a minha experiência de prazer e de dor, assim foi o fim da minha vida. Falecendo daquele estado eu ressurgi aqui.' Assim eu me recordei das minhas vidas passadas nos seus modos e detalhes.
"Esse foi o primeiro conhecimento verdadeiro que eu obtive na primeira vigília da noite. A ignorância foi destruída; o conhecimento surgiu; a escuridão foi destruída; surgiu a luz – como acontece com alguém que seja diligente, ardente e decidido. Mas o sentimento prazeroso que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Quando a minha mente dessa forma concentrada, purificada, luminosa, pura, imaculada, livre de defeitos, flexível, maleável, estável e atingindo a imperturbabilidade, eu a dirigi para o conhecimento do falecimento e ressurgimento dos seres. Eu vi – através do olho divino, purificado e que sobrepuja o humano – seres falecendo e renascendo e eu compreendi como eles são inferiores e superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados de acordo com o seu kamma: 'Esses seres – que são dotados de má conduta com o corpo, linguagem e mente, que insultam os nobres, que têm entendimento incorreto e realizam ações sob a influência do entendimento incorreto – na dissolução do corpo, após a morte, renascem no plano da privação, numa destinação ruim, nos reinos inferiores, no inferno. Porém, aqueles seres – que são dotados de boa conduta com o corpo, linguagem e mente, que não insultam os nobres, que têm entendimento correto e realizam ações sob a influência do entendimento correto – com a dissolução do corpo, após a morte, renascem num destino feliz, no paraíso.' Dessa forma – através do olho divino, purificado e que sobrepuja o humano – eu vi seres falecendo e renascendo e eu compreendi como eles são inferiores e superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados de acordo com o seu kamma.
"Esse foi o segundo conhecimento verdadeiro que eu obtive na segunda vigília da noite. A ignorância foi destruída; o conhecimento surgiu; a escuridão foi destruída; surgiu a luz – como acontece com alguém que seja diligente, ardente e decidido. Mas o sentimento prazeroso que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
"Quando a minha mente dessa forma concentrada, purificada, luminosa, imaculada, livre de defeitos, flexível, maleável, estável e atingindo a imperturbabilidade, eu a dirigi para o conhecimento do fim das impurezas mentais. Eu compreendi, da maneira como realmente é, que ‘Isto é sofrimento… Esta é a origem do sofrimento… Esta é a cessação do sofrimento… Este é o caminho que conduz à cessação do sofrimento... Estas são as impurezas...Esta é a origem das impurezas.... Esta é a cessação das impurezas...Este é o caminho que conduz à cessação das impurezas.’
"Quando eu assim soube e vi, minha mente estava livre da impureza do desejo sensual, da impureza de ser/existir, da impureza da ignorância. Quando ela se libertou, surgiu o conhecimento, ‘Libertada.’ Eu compreendi que ‘O nascimento foi destruído, a vida santa foi vivida, o que devia ser feito foi feito, não há mais vir a ser em nenhum estado.'
"Esse foi o terceiro conhecimento verdadeiro que eu obtive na terceira vigília da noite. A ignorância foi destruída e o verdadeiro conhecimento surgiu; a escuridão foi destruída e a luz surgiu – como acontece com alguém que seja diligente, ardente e decidido. Mas o sentimento prazeroso que surgiu em mim não invadiu a minha mente e permaneceu.
Despertar Supremo!
Por muitos nascimentos no samsara eu vaguei
sem recompensa,
sem descanso,
buscando o construtor desta casa (da vida).
O nascimento repetido
é doloroso.
Construtor da casa, você foi visto!
Você não construirá outra casa.
Todas as vigas quebradas,
o poste da cumeeira destruído,
tendo partido para o Não Formado,
 
realizei a destruição do desejo.
[Dhp 153-4]
Ele se torna um Tathagata
"O Tathagata despertou completamente para o mundo. Do mundo, o Tathagata está desunido. O Tathagata despertou completamente para a origem do mundo. A origem do mundo foi abandonada pelo Tathagata. O Tathagata despertou completamente para a cessação do mundo. A cessação do mundo foi realizada pelo Tathagata. O Tathagata despertou completamente para o caminho para a cessação do mundo. O caminho para a cessação do mundo foi desenvolvido pelo Tathagata.
"Tudo aquilo no mundo, com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus contemplativos e brâmanes, seus príncipes e o povo, tudo aquilo que é visto, ouvido, sentido, conscientizado, buscado, procurado, ponderado pela mente: o Tathagata despertou completamente para tudo isso. Por isso ele é chamado o Tathagata.
"Desde a noite em que o Tathagata despertou completamente para a insuperável perfeita iluminação até a noite na qual ele realize o parinibbana, tudo aquilo que o Tathagata disse, falou, explicou é assim (tatha) e não de outra forma. Por isso ele é chamado o Tathagata.
"O Tathagata é aquele que age de acordo com (tatha) o que ele ensina, aquele que ensina de acordo com as suas ações. Por isso ele é chamado o Tathagata.
"Neste mundo, com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus contemplativos e brâmanes, seus príncipes e o povo, o Tathagata é o Conquistador, o Não-conquistado, Omnisciente, Todo Poderoso. Por isso ele é chamado o Tathagata."


Após a iluminação
O Buda investiga as leis de causa e efeito
Assim ouvi. Certa ocasião o Abençoado estava em Uruvela às margens do rio Neranjara ao pé de uma figueira-dos-pagodes, pouco tempo depois de ter alcançado a perfeita iluminação. Então, enquanto o Abençoado estava só em isolamento, um pensamento surgiu na sua mente – ele ficou sentado em meditação sob a sombra dessa árvore por sete dias sem parar, sensível à felicidade da libertação. Ao final de sete dias, após emergir daquela concentração, na terceira vigília da noite, ele considerou minuciosamente a origem dependente em ordem progressiva e regressiva, dessa forma:
Quando existe isso, aquilo existe.
Com o surgimento disso, aquilo surge.
Quando não existe isso, nem aquilo existe.
Com a cessação disto, aquilo cessa.
Em outras palavras:
"Da ignorância como condição, as formações [surgem]
Das formações como condição, a consciência.
Da consciência como condição, a mentalidade-materialidade.
Da mentalidade-materialidade como condição, as seis bases dos sentidos.
Das seis bases dos sentidos como condição, o contato.
Do contato como condição, as sensações.
Das sensações como condição, o desejo
Do desejo como condição, o apego.
Do apego como condição, ser/existir.
Do ser/existir como condição, o nascimento.
Do nascimento como condição, o envelhecimento e morte, tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero.
Essa é a origem dessa massa de sofrimento e estresse.
"Agora da cessação sem deixar vestígios dessa mesma ignorância, cessam as formações.

Da cessação das formações, cessa a consciência.
Da cessação da consciência, cessa a mentalidade-materialidade.
Da cessação da mentalidade-materialidade, cessam as seis bases dos sentidos.
Da cessação das seis bases dos sentidos, cessa o contato.
Da cessação do contato, cessam as sensações.
Da cessação das sensações, cessa o desejo.
Da cessação do desejo, cessa o apego.
Da cessação do apego, cessa o ser/existir.
Da cessação do ser/existir, cessa o nascimento.
Da cessação do nascimento, então envelhecimento e morte, tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero, todos cessam." Essa é a cessação dessa massa de sofrimento e estresse.
Então, dando-se conta do significado disso, o Abençoado nessa ocasião exclamou:
Na medida em que os fenômenos ficam mais claros
para o brâmane – ardente, absorto -
 
ele permanece, arrasando as tropas de Mara,
como o sol que ilumina o céu.


O Buda pergunta a si mesmo: a quem devo reverenciar como meu mestre?
Assim ouvi. Certa ocasião, o Abençoado estava em Uruvela às margens do rio Neranjara ao pé da figueira-dos-pagodes, pouco tempo depois de ter alcançado a perfeita iluminação. Então, enquanto o Abençoado estava só e isolado, um pensamento surgiu na sua mente: “Uma pessoa sofre se permanecer sem reverência ou deferência. Agora, de qual brâmane ou contemplativo posso depender, honrando-o e respeitando-o?"
Então, o pensamento lhe ocorreu: “Seria com o propósito de aperfeiçoar um agregado de virtude não aperfeiçoado que eu permaneceria na dependência de um outro brâmane ou contemplativo, honrando-o e respeitando-o? No entanto, neste mundo com os seus devas, Mara e Brahma, nesta população com seus brâmanes e contemplativos, seus príncipes e povo, eu não vejo outro brâmane ou contemplativo mais consumado em virtude do que eu, ninguém na dependência do qual eu possa permanecer honrando-o e respeitando-o.
“Seria com o propósito de aperfeiçoar um agregado de concentração não aperfeiçoado...
“Seria com o propósito de aperfeiçoar um agregado de sabedoria não aperfeiçoado...
“Seria com o propósito de aperfeiçoar um agregado de libertação não aperfeiçoado...
“Seria com o propósito de aperfeiçoar um agregado de conhecimento e visão da libertação não aperfeiçoado que eu permaneceria na dependência de um outro brâmane ou contemplativo, honrando-o e respeitando-o? No entanto, neste mundo com os seus devas, Mara e Brahma, nesta população com seus brâmanes e contemplativos, seus príncipes e povo, eu não vejo outro brâmane ou contemplativo mais consumado em conhecimento e visão da libertação do que eu, ninguém na dependência do qual eu possa permanecer honrando-o e respeitando-o.
"E se eu permanecesse na dependência deste mesmo Dhamma para o qual eu despertei perfeitamente, honrando-o e respeitando-o?"
Então, tendo percebido com a sua mente o pensamento na mente do Abençoado – com a mesma rapidez com que um homem forte pode estender o seu braço flexionado ou flexionar o seu braço estendido - o Brahma Sahampati desapareceu do mundo de Brahma ereapareceu na frente do Abençoado. Arrumando o seu manto externo sobre o ombro, ele juntou as mãos em uma reverenciosa saudação dizendo: “Assim é, Abençoado! Assim é,Iluminado! Aqueles que foram Arahants, Perfeitamente Iluminados no passado – esses Abençoados, também, permaneceram na dependência deste mesmo Dhamma, honrando-o e respeitando-o. Aqueles que serão Arahants, Perfeitamente Iluminados no futuro – esses Abençoados, também, permanecerão na dependência deste Dhamma, honrando-o e respeitando-o. Que o Abençoado, que é o Arahant no momento, o Perfeitamente Iluminado, permaneça na dependência deste Dhamma, honrando-o e respeitando-o.”


Ele se pergunta: devo ensinar este Dhamma a outros?
“Eu pensei: ‘Este Dhamma que eu alcancei é profundo, difícil de ver e difícil de compreender, pacífico e sublime, que não pode ser alcançado através do mero raciocínio, sutil, para ser experimentado pelos sábios. Porém esta população se delicia com a adesão, está excitada com a adesão, desfruta da adesão. Para uma população que se delicia com a adesão, excitada pela adesão, desfrutando da adesão, esta verdade, isto é, a condicionalidade isto/aquilo e a origem dependente são difíceis de serem vistas. E também, é difícil de ver esta verdade, isto é, o silenciar de todas as formações, o abandono de todas aquisições, o fim do desejo, desapego, cessação, Nibbana. Se eu fosse ensinar o Dhamma, os outros não me entenderiam, e isso seria fatigante, enervante.’ Então, estes versos nunca antes ouvidos, me ocorreram:
‘Basta agora com o ensino do Dhamma
que até para mim foi difícil alcançar;
pois ele nunca será entendido
por aqueles que vivem com a cobiça e o ódio.
Aqueles tingidos pela cobiça, envoltos na escuridão  
nunca irão discernir este Dhamma difícil de ser compreendido
que vai contra a torrente do mundo,
sutil, profundo, e difícil de ser visto.’
Pensando dessa forma, minha mente tendia à inação ao invés do ensino do Dhamma.
“Então, bhikkhus, o Brahma Sahampati, soube com a mente dele o pensamento na minha mente e pensou: “O mundo estará perdido, o mundo estará destruído, já que a mente do Tathagata, um arahant, perfeitamente iluminado, se inclina à inação ao invés do ensino do Dhamma.’ Então, com a mesma rapidez com que um homem forte pode estender o seu braço dobrado ou dobrar o seu braço estendido, Brahma Sahampati desapareceu do mundo de Brahma e apareceu na minha frente. Ele arrumou o seu manto externo sobre o ombro e juntou as mãos em uma reverenciosa saudação, dizendo: ‘ Venerável senhor, que o Abençoado ensine o Dhamma, que o Iluminado ensine o Dhamma. Há seres com pouca poeira sobre os olhos que estão decaindo por não ouvir o Dhamma. Há aqueles que entenderão o Dhamma.’ Depois de dizer isso, Brahma Sahampati disse ainda mais:
‘Em Magadha surgiram até agora
ensinamentos contaminados formulados por aqueles que ainda estão poluídos.
Abram as portas para o Imortal! Que eles ouçam
o Dhamma que o Imaculado encontrou.
Tal como alguém que esteja no pico de uma montanha
é capaz de ver todas as pessoas embaixo,
da mesma forma, Oh sábio, sábio que tudo vê,
suba ao palácio do Dhamma.
Que o Conquistador da Tristeza inspecione esta raça humana,
engolfada na tristeza, subjugada pelo nascimento e envelhecimento.
Levante-se, Oh herói vitorioso na batalha!
Oh líder da caravana, sem dívidas, saia pelo mundo.
Ensine o Dhamma, Oh Abençoado,
existem aqueles que irão compreender.’
Então tendo ouvido o pedido de Brahma, e por compaixão pelos seres, inspecionei o mundo com o olho de um Buda. Inspecionando o mundo com o olho de um Buda, eu vi seres com pouca poeira sobre os olhos e com muita poeira sobre os olhos, com faculdades aguçadas e com faculdades embotadas, com boas qualidades e com más qualidades, fáceis de serem ensinados e difíceis de serem ensinados, e alguns que permaneciam vendo medo e culpa no outro mundo. Tal como em um lago com flores de lótus azuis ou vermelhas ou brancas, algumas flores de lótus que nascem e crescem n’água florescem imersas na água sem sair fora d’água, e algumas outras flores de lótus que nascem e crescem n’água pousam sobre a superfície d’água, e algumas outras flores de lótus que nascem e crescem n’água sobem acima do nível d’água e permanecem sem serem molhadas pela água; assim também, inspecionando o mundo com o olho de um Buda, eu vi seres com pouca poeira sobre os olhos e com muita poeira sobre os olhos, com faculdades aguçadas e com faculdades embotadas, com boas qualidades e com más qualidades, fáceis de serem ensinados e difíceis de serem ensinados, e alguns que permaneciam vendo medo e culpa no outro mundo. Então respondi ao Brahma Sahampati em versos:
Para eles estão abertas as portas para o Imortal,
que aqueles com ouvidos mostrem agora a sua fé.
Pensando que seria problemático, Oh Brahma,
eu não quis falar o Dhamma sutil e sublime.’
Então o Brahma Sahampati pensou: ‘Eu criei a oportunidade para que o Abençoado ensine o Dhamma.’ E depois de me homenagear, mantendo-me à sua direita, ele então desapareceu.


Quarenta e cinco anos de ensinamentos
O primeiro sermão do Buda para o grupo de cinco ascéticos
Assim ouvi. Em certa ocasião, o Abençoado estava em Benares, no Parque do Gamo, em Isipatana. Lá ele se dirigiu ao grupo de cinco bhikkhus:
“Bhikkhus, há esses dois extremos aos quais aquele que abandonou a vida em família e seguiu a vida santa não deve se entregar. Quais dois? A busca da felicidade nos prazeres sensuais, que são baixos, vulgares, grosseiros, ignóbeis e que não trazem benefício; e a busca da mortificação, que é dolorosa, ignóbil e que não traz benefício. Evitando esses dois extremos o Tathagata despertou para o Caminho do Meio, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana
O Nobre Caminho Óctuplo
“E qual, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão ... que conduz a Nibbana? É este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta. Esse, bhikkhus, é o caminho do meio para o qual o Tathagata despertou, que faz surgir a visão, que faz surgir a sabedoria, que conduz à paz, ao conhecimento direto, à iluminação, a Nibbana..
As Quatro Nobres Verdades
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que se deseja é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo por não ser/existir.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, abrir mão, descartar, libertar-se, despegar desse mesmo desejo.
“Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta.
As responsabilidades de cada um com relação às Quatro Nobres Verdades
“’Esta é a nobre verdade do sofrimento’: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade do sofrimento deve ser completamente compreendida: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade do sofrimento foi completamente compreendida: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’ Esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade da origem do sofrimento deve ser abandonada: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade da origem do sofrimento foi abandonada: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade da cessação do sofrimento deve ser realizada: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade da cessação do sofrimento foi realizada: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento deve ser desenvolvida: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
“’Esta nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento foi desenvolvida: assim, bhikkhus, com relação a coisas não ouvidas antes, surgiram em mim a visão, a compreensão, a sabedoria, o verdadeiro conhecimento e a iluminação.
A roda do Dhamma com doze raios
“Enquanto, bhikkhus, meu conhecimento e visão dessas Quatro Nobres Verdades como na verdade elas são, nas suas três fases e doze aspectos, não estava completamente purificado desse modo, não reivindiquei ter despertado para a insuperável perfeita iluminação neste mundo com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus contemplativos e brâmanes, seus príncipes e povo. Mas quando meu conhecimento e visão dessas Quatro Nobres Verdades como na verdade elas são, nas suas três fases e doze aspectos, estava completamente purificado desse modo, reivindiquei ter despertado para a insuperável perfeita iluminação neste mundo com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus contemplativos e brâmanes, seus príncipes e povo. O conhecimento e visão surgiram em mim: ‘A libertação da minha mente é inabalável. Este é o meu último nascimento. Não há mais vir a ser.
Nasce a Nobre Sangha
Isto foi o que o Abençoado disse. Os cinco bhikkhus ficaram satisfeitos e contentes com as palavras do Abençoado. E enquanto o Abençoado discursava, o olho imaculado do Dhamma surgiu no Venerável Kondañña: ‘Tudo que está sujeito ao surgimento está sujeito à cessação.’
A Roda do Dhamma começa a girar
E quando a roda do Dhamma havia sido colocada em movimento pelo Abençoado, os devas da terra exclamaram: “Em Benares, no Parque do Gamo, em Isipatana, esta insuperável roda do Dhamma foi colocada em movimento pelo Abençoado, e não poderá ser detida por nenhum brâmane ou contemplativo, ou deva, ou Mara, ou Brahma, ou qualquer um no mundo.” Ouvindo a exclamação dos devas da terra, os devas do Reino dos Quatro Grandes Reis também exclamaram… os devas dos Trinta e Três…. os devas do Yama…. os devas do Tusita… os devas do Nimmanarati… os devas do Paranimmita-vasavatti…. os devas do cortejo de Brahma também exclamaram: “Em Benares, no Parque do Gamo, em Isipatana, esta insuperável roda do Dhamma foi colocada em movimento pelo Abençoado, e não poderá ser detida por nenhum brâmane ou contemplativo, ou deva, ou Mara, ou Brahma, ou qualquer um no mundo.”
Assim, naquele momento, naquele instante, naquele segundo, a exclamação subiu até os distantes mundos de Brahma e esse sistema cósmico com dez mil mundos tremeu, estremeceu e se abalou e uma intensa, imensurável e gloriosa luminosidade surgiu no mundo ultrapassando a divina majestade dos devas.
Então, o Abençoado exclamou: “Kondañña de fato compreendeu! Kondañña de fato compreendeu!” E foi assim que o Venerável Kondañña adquiriu o nome Añña-Kondañña – Kondañña aquele que Compreendeu.”
O que diferenciou o Buda dos demais
O brâmane Gopaka Moggallana tomou um assento mais baixo, sentou-se a um lado e perguntou ao venerável Ananda: “Mestre Ananda, existe algum bhikkhu que possua, em todos os aspectos, todas as qualidades que o Mestre Gotama, um arahant, perfeitamente iluminado, possuía?”
“Não existe nenhum bhikkhu , brâmane, que possua, em todos os aspectos, todas as qualidades que o Abençoado, um arahant, perfeitamente iluminado, possuía. Pois o Abençoado foi aquele que fez surgir o caminho que não havia surgido, aquele que produziu o caminho que não estava produzido, aquele que declarou o caminho que não estava declarado; ele era o conhecedor do caminho, aquele que encontrou o caminho, aquele com habilidade no caminho. Mas os seus discípulos agora seguem esse caminho e eles se tornarão possuidores dessas qualidades no futuro.”
Os seus ensinamentos, sempre práticos, incluem lições acerca de regras básicas de boas maneiras,
“E como um bhikkhu tem noção de encontros sociais? É o caso em que um bhikkhu compreende o encontro social em que está: ‘Este, um encontro social de nobres guerreiros; este, um encontro social de sacerdotes; este, um encontro social de chefes de família; este, um encontro social de contemplativos; aqui se deve aproximar deles desta forma, ficar em pé desta forma, agir desta forma, sentar desta forma, falar desta forma, permanecer em silêncio desta forma.’ Se ele não compreendesse o encontro social em que está - ‘Este, um encontro social de nobres guerreiros; este, um encontro social de sacerdotes; este, um encontro social de chefes de família; este, um encontro social de contemplativos; aqui se deve aproximar deles desta forma, ficar em pé desta forma, agir desta forma, sentar desta forma, falar desta forma, permanecer em silêncio desta forma’ – não se diria que ele é alguém com noção de encontros sociais. Portanto porque ele compreende o encontro social em que está - ‘Este, um encontro social de nobres guerreiros; este, um encontro social de sacerdotes; este, um encontro social de chefes de família; este, um encontro social de contemplativos; aqui se deve aproximar deles desta forma, ficar em pé desta forma, agir desta forma, sentar desta forma, falar desta forma, permanecer em silêncio desta forma’ – que se diz que ele é alguém com noção de encontros sociais. Ele tem noção do Dhamma, noção do significado, noção de si mesmo, noção de moderação, noção do tempo e noção de encontros sociais.
...lições sobre como tratar os pais,
Sustentar o pai e a mãe,
zelar pela esposa e filhos,
dedicar-se a uma ocupação pacífica:
    Essa é a proteção suprema.
Mãe e pai,
com compaixão pela família,
são chamados
Brahma,
    primeiros mestres,
    aqueles dignos de oferendas
dos seus filhos.
Dessa forma os sábios deveriam lhes prestar
homenagem,
honra
    com comida e bebida
    vestuário e roupa de cama
    ungüentos e banhos
    e lavando os seus pés.
Realizando esses serviços para os seus pais, os sábios
    são aqui elogiados,
    e após a morte
    se regozijam no paraíso.
...lições acerca do valor da generosidade,
"E qual é o tesouro da generosidade? É o caso em que um nobre discípulo permanece em casa com uma mente desprovida da mácula da avareza, espontaneamente generoso, mão aberta, que se delicia com a renúncia, devotado à caridade, deliciando-se em dar e compartir. A isto se denomina o tesouro da generosidade."
...acerca do valor da virtude,
"E o que ­­é o tesouro da virtude? É o caso em que um nobre discípulo se abstém de matar, se abstém de roubar, se abstém de conduta sexual imprópria, se abstém de mentir, se abstém de tomar vinho, álcool e outros embriagantes que causam negligência. A isto, bhikkhus se chama o tesouro da virtude.
...dos frutos da conduta virtuosa,
Com a mente dirigida corretamente,
falando a linguagem correta,
agindo corretamente com o corpo:
uma pessoa
com muito aprendizado,
que realiza méritos
nesta vida tão curta,
na dissolução do corpo,
sendo sábia,
renasce no paraíso.
...acerca das desvantagens dos prazeres sensuais – mesmo os divinos
"É o caso em que uma pessoa, sujeita ela mesma ao envelhecimento, dando-se conta das desvantagens daquilo que está sujeito ao envelhecimento, busca aquilo que não envelhece, o descanso insuperável do jugo: Libertação. Sendo sujeita ela mesma à doença, dando-se conta das desvantagens daquilo que está sujeito à doença, ela busca aquilo que não adoece, o descanso insuperável do jugo: Libertação. Sendo sujeita ela mesma à morte, dando-se conta das desvantagens daquilo que está sujeito à morte, ela busca aquilo que é imortal, o descanso insuperável do jugo: Libertação. Sendo sujeita ela mesma à contaminação, dando-se conta das desvantagens daquilo que está sujeito à contaminação, ela busca aquilo que não se contamina, o descanso insuperável do jugo: Libertação"
...acerca do valor da renúncia,
"Tendo visto a desvantagem dos prazeres sensuais, eu inisiti nesse tema; tendo compreendido as recompensas da renúncia, eu me familiarizei com isso. Meu coração ficou excitado com a renúncia, ganhou confiança, decisão, e firmeza, vendo-a como a paz. Então totalmente afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis, entrei e permaneci no primeiro jhana, que é caracterizado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento"
... e acerca das Quatro Nobres Verdades.
"Bhikkhus, é por não compreender, não penetrar as Quatro Nobres Verdades que eu, bem como vocês, durante muito tempo perambulamos e transmigramos neste ciclo de nascimento e morte. Quais são elas? Por não compreender a Nobre Verdade do Sofrimento é que nós perambulamos e transmigramos, por não compreender a Nobre Verdade da Origem do Sofrimento..., da Cessação do Sofrimento..., e do Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento que nós perambulamos e transmigramos neste ciclo de nascimento e morte. E por compreender e penetrar essa mesma Nobre Verdade do Sofrimento, da Origem do Sofrimento, da Cessação do Sofrimento e do Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento, que o desejo por ser/existir foi cortado, o suporte para o ser/existir foi destruído, não há mais vir a ser a nenhum estado."
Em resumo, o Buda ensina como realizar a felicidade verdadeira e duradoura: Nibbana
"Existe aquela esfera da existência em que não há nem terra, nem água, nem fogo, nem ar; não há a experiência do espaço infinito, nem da consciência infinita, nem do nada, nem da nem percepção, nem não percepção; ali não há nem este mundo e tampouco outro mundo, nem sol, nem lua. Nessa esfera da existência, eu digo, não há vir, nem ir, nem permanecer; não há morte nem renascimento; não há base, não há evolução e não há suporte (objeto mental). Isso, justamente isso, é apenas o fim do sofrimento."
"Tanto antes, como agora, eu declaro somente o sofrimento e a cessação do sofrimento."
A sua reputação se espalha
Gotama o contemplativo, o filho dos Sakyas, que adotou a vida santa deixando o clã dos Sakyas, que andava perambulando em Kosala com um grande número de bhikkhus chegou em Sala. E acerca desse mestre Gotama existe essa boa reputação: ‘Esse Abençoado é um arahant, perfeitamente iluminado, consumado no verdadeiro conhecimento e conduta, bem-aventurado, conhecedor dos mundos, um líder insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas, mestre de devas e humanos, desperto, sublime. Ele declara - tendo realizado por si próprio com o conhecimento direto - este mundo com os seus devas, maras e brahmas, esta população com seus contemplativos e brâmanes, seus príncipes e o povo. Ele ensina o Dhamma, com o significado e fraseado corretos, que é admirável no início, admirável no meio, admirável no final; e ele revela uma vida santa que é completamente perfeita e imaculada. É bom poder encontrar alguém tão nobre.’
Ele viaja extensamente, ensinando milhares de discípulos leigos,
Assim ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Savatthi no Bosque de Jeta, no Parque de Anathapindika. Então o discípulo leigo Dhammika com outros quinhentos discípulos leigos foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou a um lado e disse...
...bhikkhus,
Em certa ocasião, o Abençoado estava em Gaya, em Gayasissa, com 1.000 bhikkhus....
...pessoas de todas as castas e de todos estilos de vida,
"Eu lembro ter me aproximado de muitas centenas de assembléias de nobres… muitas centenas de assembléias de Brâmanes… muitas centenas de assembléias de chefes de família… muitas centenas de assembléias de contemplativos… ..."
...incluindo leprosos,
Então o Abençoado, tendo compreendido a mente de toda a assembléia com a sua mente, perguntou a si mesmo, “Agora quem aqui é capaz de entender o Dhamma?” Ele viu Suppabuddha o leproso sentado na assembléia, e ao vê-lo o pensamento lhe ocorreu, “Esta pessoa aqui é capaz de entender o Dhamma.” Assim, visando Suppabuddha o leproso, ele fez um discurso passo a passo isto é, um discurso acerca da generosidade, acerca da virtude, acerca do paraíso, ele declarou as desvantagens, degradação e corrupção dos prazeres sensuais, e as recompensas da renúncia. Então, quando ele viu que a mente de Suppabuddha o leproso estava pronta, receptiva, livre de obstáculos, jubilosa e luminosa, ele então proferiu um discurso do Dhamma peculiar aos iluminados, isto é, o sofrimento, a origem, a cessação e o caminho. E tal como um pano limpo, livre de manchas, absorveria da maneira adequada um corante, da mesma forma, enquanto Suppabuddha o leproso estava sentado naquele mesmo assento, o olho do Dhamma, límpido, imaculado, surgiu nele, “Tudo que está sujeito ao surgimento está sujeito à cessação.”
...párias,
Em uma família humilde eu nasci,
pobre, com quase nenhuma comida.


Meu trabalho era degradante:
Eu recolhia o que estava estragado,
as flores murchas das capelas
    e as jogava fora.


As pessoas me achavam repugnante,
me desprezavam, me menosprezavam.


Humilhando meu coração,
Eu mostrava reverência para muitos.
Então eu vi o Iluminado,
formado com um batalhão de bhikkhus,
o Grande Herói, entrando na cidade dos Magadhas,
supremo.


Arremessando a minha trave de carga,
Eu me aproximei dele para reverenciá-lo.


Ele – o homem supremo – ficou parado
    por compaixão justamente por mim
Depois de homenageá-lo
aos pés do mestre, supremo entre todos seres vivos,
    eu fiquei de pé a um lado
    e solicitei a admissão na Vida Santa,
O Mestre compassivo,
com simpatia por todo o mundo, disse:


    "Venha, bhikkhu."
Essa foi a minha Aceitação formal.
Sozinho, eu fiquei na floresta,
    incansável
eu segui as palavras do Mestre,
tal como ele, o Conquistador, havia me ensinado.
Na primeira vigília da noite,
    Eu me recordei de vidas passadas;
na vigília do meio,
    purifiquei o olho divino
na última,
    arrebentei a massa de escuridão.
Então, quando a noite estava terminando
e o sol retornando,
Indra e Brahma vieram prestar-me homenagem,
mãos palma com palma sobre o coração:


    "Homenageamos você, Oh puro sangue dos homens,
    Homenageamos você, Oh homem supremo,
   cujas impurezas terminaram.
Você, estimado senhor, é digno de oferendas."
[Thag XII.2]
...e seres divinos
"...muitas centenas de assembléias de devas do paraíso dos Quatro Grandes Reis… muitas centenas de assembléias de devas do paraíso dos Trinta e Três … muitas centenas de assembléias dos discípulos de Mara… muitas centenas de assembléias de Brahma. E no passado eu sentei com eles e falei com eles e mantive conversações com eles...."
O Buda ensina sua família, incluindo seu filho Rahula,
"Renunciando aos cinco prazeres dos sentidos que hipnotizam e deliciam a mente, e pela fé abandonando a vida em família, torne-se um daqueles que dá um fim ao sofrimento.
"Associe-se com bons amigos e escolha uma moradia afastada, isolada, com pouco ruido. Modere-se na alimentação. Mantos, alimentos, moradia e medicamentos - não se apegue a essas coisas; não seja um daqueles que retorna ao mundo. Pratique a moderação de acordo com a Disciplina, e guarde as cinco faculdades dos sentidos.
"Pratique a atenção plena no corpo e continuamente desenvolva desapego (em relação a ele). Evite o sinal da beleza conectado com a cobiça; meditando acerca do que é repulsivo cultive uma mente que é concentrada e controlada.
"Medite com a ausência de sinal e livre-se da tendência à presunção. Através da completa compreensão e destruição da presunção você viverá na paz (mais sublime)."
Desta maneira o Mestre repetidamente encorajava o Venerável Rahula.
...sua madrasta, Mahapajapati Gotami,
Assim ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Vesali na Grande Floresta no Salão com um pico na cumeeira.
Então Mahapajapati Gotami foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo ficou em pé a um lado e disse: "Seria bom, venerável senhor, se o Abençoado pudesse me ensinar o Dhamma de maneira resumida de forma que, tendo ouvido o Dhamma do Abençoado, eu possa permanecer só, isolada, diligente, ardente e decidida. "
"Gotami, as qualidades que você provavelmente conhece, ' Essas qualidades conduzem à cobiça, não ao desapego; a estar agrilhoada, não a estar livre dos grilhões; ao acúmulo, não à renúncia; ao engrandecimento pessoal, não à modéstia; à insatisfação, não à satisfação;ao enredamento, não ao isolamento; à preguiça, não a estimular a energia; a ser um incômodo, não a não ser um incômodo': Você deve definitivamente entender, ' Isto não é o Dhamma, isto não é o Vinaya, essas não são as instruções do Mestre.'
"Quanto às qualidades que você provavelmente conhece. ' Essas qualidades conduzem ao desapego, não à cobiça; a estar livre dos grilhões, não a estar agrilhoada; à renúncia, não ao acúmulo; à modéstia, não ao engrandecimento pessoal; à satisfação, não à insatisfação;ao isolamento, não ao enredamento; a estimular a energia, não à preguiça; a não ser um incômodo, não a ser um incômodo: Você deve definitivamente entender, ' Isto é o Dhamma, isto é o Vinaya, essas são as instruções do Mestre.'".
.
...e ele guia o seu irmão, Nanda, ao estado de arahant
Em certa ocasião o Abençoado estava em Savatthi, no Bosque de Jeta, no Parque de Anathapindika. Naquela ocasião o Ven. Nanda – irmão do Abençoado, filho da sua tia materna – disse a um grande número de bhikkhus, “Eu não aprecio viver a vida santa, meus amigos. Eu não consigo tolerar a vida santa. Desistindo do treinamento, eu retornarei para a vida comum.”
Então um certo bhikkhu foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou a um lado e disse: “Senhor, o Ven. Nanda – o irmão do Abençoado, filho da sua tia materna – contou para um grande grupo de bhikkhus, ‘ Eu não aprecio viver a vida santa, meus amigos. Eu não consigo tolerar a vida santa. Desistindo do treinamento, eu retornarei para a vida comum.’”
Então o Abençoado disse para esse bhikkhu, “Venha, bhikkhu em meu nome chame Nanda, dizendo-lhe, ‘O Mestre o chama, meu amigo.’”
“Assim seja senhor,” o bhikkhu respondeu e, tendo ido até o Ven. Nanda, chegando ele disse, “O Mestre o chama, meu amigo”
“Assim seja amigo”, respondeu o Ven. Nanda. Então ele foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou a um lado e o Abençoado disse: “É verdade, Nanda, que você disse para um grande grupo de bhikkhus, ‘Eu não aprecio viver a vida santa, meus amigos. Eu não consigo tolerar a vida santa. Desistindo do treinamento, eu retornarei para a vida comum.’?”
“Sim, senhor.”
“Mas por que, Nanda, você não aprecia viver a vida santa?”
“Senhor, quando eu estava deixando a minha casa, uma moça Sakya – que causava inveja a todos – olhou para mim, com o seu cabelo parcialmente penteado, e disse, ‘Volte depressa, senhor.’ Relembrando isso, eu não aprecio viver a vida santa. Eu não consigo tolerar a vida santa. Desistindo do treinamento eu retornarei para a vida comum.”
Então, tomando o Ven. Nanda pelo braço – como um homem forte flexiona o seu braço estendido ou estende seu braço flexionado – o Abençoado desapareceu do Bosque de Jeta e reapareceu entre os devas do paraíso de Tavatimsa. Agora naquela ocasião cerca de 500 ninfas com pés de pombas vieram esperar por Sakka, o senhor dos devas. E o Abençoado disse ao Ven. Nanda, “Nanda, você vê essas 500 ninfas com os pés de pombas?”
“Sim, senhor.”
“O que você pensa, Nanda: Qual é a mais bela, com melhor aparência, mais encantadora – a moça Sakya, que causa inveja a todos, ou essas 500 ninfas com os pés de pombas?”
“Senhor, comparada com essas 500 ninfas com pés de pombas a moça Sakya, que causa inveja a todos, é como um macaco cujas orelhas e nariz foram cortados e cauterizados. Ela não pode ser levada em conta. Ela não é nem uma fração. Não há comparação. As 500 ninfas com pés de pomba são mais bonitas, com melhor aparência, mais encantadoras.”
“Então alegre-se, Nanda. Alegre-se! Eu sou a sua garantia para conseguir 500 ninfas com pés de pomba.”
“Se o Abençoado é minha garantia para conseguir 500 ninfas com os pés de pomba, eu apreciarei viver a vida santa sob o Abençoado.”
Então, tomando o Ven. Nanda pelo braço - como um homem forte flexiona o seu braço estendido ou estende seu braço flexionado – o Abençoado desapareceu dentre os devas do paraíso de Tavatimsa e reapareceu no Bosque de Jeta. Os bhikkhus ouviram, “Dizem que o Ven. Nanda – o irmão do Abençoado, filho da sua tia materna – está vivendo a vida santa por conta de ninfas. Eles dizem que o Abençoado é a sua garantia para obter 500 ninfas com os pés de pomba.”
Então os bhikkhus que eram amigos do Ven. Nanda circulavam dirigindo-se a ele como se ele fosse um empregado e um negociante: “Nosso amigo Nanda, eles dizem, é um empregado. Nosso amigo Nanda, eles dizem, é um negociante. Ele vive a vida santa por conta de ninfas. O Abençoado é a sua garantia para obter 500 ninfas com os pés de pomba.”
Então o Ven. Nanda – horrorizado, repelido e enojado porque os bhikkhus que eram seus amigos estavam se dirigindo a ele como se ele fosse um empregado e um comerciante – se afastou, permanecendo só, isolado, diligente, ardente e decidido, em pouco tempo, ele alcançou e permaneceu no objetivo supremo da vida santa pelo qual membros de um clã deixam a vida em família pela vida santa, tendo conhecido e realizado por si mesmo no aqui e agora. Ele soube: “O nascimento foi destruído, a vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser a nenhum estado.” E assim o Ven. Nanda tornou-se mais um dos Arahants.


Os últimos dias do Buda
Ananda percebe que o Buda está envelhecendo
Assim ouvi. Em certa ocasião, o Abençoado estava em Savatthi, no palácio da mãe de Migara, no Parque do Oriente. Agora, naquela ocasião o Abençoado havia saído do seu isolamento no final da tarde e estava sentado aquecendo as costas no sol que se punha.
Então, o Ven. Ananda foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo, enquanto massageava os membros do Abençoado disse o seguinte: “É incrível, senhor! É impressionante, senhor! A complexão do Abençoado já não é mais tão pura e luminosa, os seus membros estão flácidos e enrugados, as suas costas recurvadas e é possível discernir uma mudança nas suas faculdades – a faculdade do olho, a faculdade do ouvido, a faculdade do nariz, a faculdade da língua, a faculdade do corpo.”
“Assim é como são as coisas, Ananda! Quando jovem, a pessoa está sujeita ao envelhecimento; quando saudável, sujeita à enfermidade; quando viva, sujeita à morte. A complexão já não é mais tão pura e luminosa, os membros flácidos e enrugados, as costas recurvadas; é possível discernir uma mudança nas faculdades – a faculdade do olho, a faculdade do ouvido, a faculdade do nariz, a faculdade da língua, a faculdade do corpo.”
Qual refúgio devem os discípulos do Buda buscar após a sua morte?
“Eu agora estou velho, Ananda, envelhecido, pressionado pelos anos, com a idade avançada, chegando ao último estágio da vida. Este é o meu octogésimo ano. Assim como uma carroça velha é mantida por meio de ataduras, da mesma forma o corpo do Tathagata é mantido por meio de uma combinação de ataduras. Sempre que, Ananda, através da não atenção a todos os sinais e pela cessação de certas sensações, o Tathagata entra e permanece na concentração sem sinais da mente, nessa ocasião, Ananda, o corpo do Tathagata fica mais confortável
“Portanto, Ananda, sejam ilhas para vocês mesmos, refúgios para vocês mesmos, buscando nenhum refúgio externo; com o Dhamma como a sua ilha, o Dhamma como o seu refúgio, buscando nenhum outro refúgio. E como, Ananda, um bhikkhu é uma ilha para ele mesmo, um refúgio para ele mesmo, buscando nenhum refúgio externo; com o Dhamma como a sua ilha, o Dhamma como o seu refúgio, buscando nenhum outro refúgio? Neste caso, Ananda, um bhikkhu permanece contemplando o corpo como um corpo, ardente, plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a cobiça e o desprazer pelo mundo. Ele permanece contemplando as sensações como sensações ... mente como mente ... objetos mentais como objetos mentais, ardente, plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a cobiça e o desprazer pelo mundo. Esses bhikkhus, Ananda, que agora ou depois que eu me for, permanecerem como uma ilha para eles mesmos, como um refúgio para eles mesmos, sem nada mais como refúgio, com o Dhamma como uma ilha, o Dhamma como refúgio, sem nada mais como refúgio, eles serão para mim os bhikkhus mais eminentes dentre aqueles que têm interesse em aprender.”
Ele renuncia à vontade de seguir vivendo
Então, pouco tempo depois que o venerável Ananda havia partido, Mara, o Senhor do Mal, foi até o Abençoado e disse: “Venerável senhor, que o Abençoado agora realize o Parinibbana ! Que o Iluminado agora realize o Parinibbana ! Agora é o momento para o Parinibbana do Abençoado! Esta afirmação, venerável senhor, foi feita pelo Abençoado: ‘Eu não realizarei Parinibbana, Senhor do Mal, até que eu tenha discípulos bhikkhus que sejam sábios, disciplinados, confiantes, libertados do cativeiro, estudados, defensores do Dhamma, praticando de acordo com o Dhamma, praticando do modo correto, comportando-se de modo apropriado; que tenham aprendido a doutrina do mestre e sejam capazes de explicá-la, ensiná-la, proclamá-la, estabelecê-la, revelá-la, analisá-la e elucidá-la; que sejam capazes de refutar completamente com argumentos as doutrinas dos outros e que sejam capazes de ensinar o Dhamma que é eficaz.’
“Mas no momento, venerável senhor, o Abençoado tem discípulos bhikkhus que são sábios ... que são capazes de ensinar o Dhamma que é eficaz. Venerável senhor, que o Abençoado agora realize o Parinibbana ! Que o Iluminado agora realize Parinibbana ! Agora é o momento para o Parinibbana do Abençoado!
Quando isso foi dito, o Abençoado disse para Mara o Senhor do Mal: “Fique tranqüilo, Senhor do Mal. Não tardará muito até que ocorra o Parinibbana do Tathagata. Daqui a três meses o Tathagata realizará o Parinibbana.”
Então, o Abençoado, no santuário de Capala, com atenção plena e plena consciência renunciou à sua formação vital. E quando o Abençoado renunciou à sua formação vital, ocorreu um grande terremoto, assustador e aterrorizador e o estrondo de trovões sacudiram o céu.
A sua última advertência aos bhikkhus
“Bhikkhus, esses ensinamentos que compreendi através do conhecimento direto e que tornei do seu conhecimento, vocês devem aprende-los completamente, cultivá-los, desenvolve-los e praticá-los com freqüência, que a vida santa se stabeleça e que dure por muito tempo, para o bem-estar e felicidade de muitos, com compaixão pelo mundo, pelo bem, pelo bem-estar e felicidade de devas e humanos.
“E quais, bhikkhus, são esses ensinamentos? Eles são os quatro fundamentos da atenção plena, os quatro esforços corretos, as quatro bases do poder, as cinco faculdades dominantes, os cinco poderes, os sete fatores de iluminação, e o Nobre Caminho Óctuplo. Esses, bhikkhus, são os ensinamentos que compreendi através do conhecimento direto e que tornei do seu conhecimento, vocês devem aprende-los completamente, cultivá-los, desenvolve-los e praticá-los com freqüência, que a vida santa se stabeleça e que dure por muito tempo, para o bem-estar e felicidade de muitos, com compaixão pelo mundo, pelo bem, pelo bem-estar e felicidade de devas e humanos.”
Então o Abençoado disse aos bhikkhus: “Dessa forma, bhikkhus, eu os encorajo: todas as coisas condicionadas estão sujeitas à dissolução. Esforcem-se com diligência. O momento do parinibbana do Tathagata está próximo. Daqui a três meses o Tathagata realizará o parinibbana.”
Sua última refeição
E logo depois do Abençoado ter comido a refeição dada pelo prateiro Cunda, uma doença terrível se abateu sobre ele com diaréia sangrenta, com dores terríveis como se estivesse a ponto de morrer. Porém o Abençoado suportou tudo com atenção plena e plena consciência, sem se queixar.
Então o Abençoado disse: “Ananda, vamos para Kusinara” E o Venerável Ananda respondeu“Sim, venerável senhor.”
Ele se retira para o seu leito de morte
O Abençoado disse: “Ananda, vamos cruzar o rio Hiraññavati para ir até o o bosque de árvores-sal dos Mallas perto de Kusinara.” “Muito bem, venerável senhor,” Ananda disse, e o Abençoado com uma grande comitiva de bhikkhus cruzaram o rio e foram para o bosque de árvores sal. Lá o Abençoado disse: “Ananda, prepare para mim um leito entre as árvores-sal gêmeas, com a cabeça para o norte. Eu estou cansado e quero deitar.” “Muito bem, venerável senhor,” Ananda disse e assim fez. Então o Abençoado se deitou no seu lado direito, na postura do leão, com um pé sobre o outro, atento e plenamente consciente, após anotar na mente o horário para levantar .
E daquelas árvores sal gêmeas, fora de época, brotaram flores em abundância que caíram sobre o corpo do Tathagata, dispersando-se e cobrindo o seu corpo, homenageando-o. Flores divinas da árvore de coral caíram do céu, sândalo divino caiu do céu, dispersando-se e cobrindo o corpo do Tathagata, homenageando-o. Música e canções divinas se ouviam do céu, em homenagem ao Tathagata.
O Buda recomenda quatro locais para peregrinação
“Ananda, há quatro lugares que ao serem vistos despertarão um senso de urgência e consternação nos devotos. Quais quatro? ‘Aqui o Tathagata nasceu’, é o primeiro. ‘Aqui o Tathagata realizou a perfeita iluminação’, é o segundo. ‘Aqui o Tathagata colocou em movimento a insuperável roda do Dhamma’, é o terceiro. ‘Aqui o Tathagata realizou o parinibbana’, esse é o quarto. E, Ananda, os bhikkhus e bhikkhunis fiéis, os discípulos leigos, visitarão esse lugares. E qualquer um que morra com um coração devoto enquanto estiver numa peregrinação a esses santuários, irá, na dissolução do corpo, após a morte, renascer em um bom destino, no paraíso.”
Milhares lamentam o falecimento iminente do Buda
Exatamente naquela ocasião os Mallas de Kusinara haviam se reunido para tratar de negócios no seu salão de assembléias. O Ven. Ananda foi até o salão de assembléias e chegando lhes anunciou: “Esta noite, Vasetthas, na última vigília, o Tathagata realizará o parinibbana. Venham vê-lo, Vasetthas, venham vê-lo para que vocês não se arrependam depois dizendo: ‘O Tathagata morreu na nossa comunidade e nós não aproveitamos a oportunidade para vê-lo pela última vez!’” Ao ouvirem o venerável Ananda, os Mallas, com os seus filhos, filhas e esposas foram abatidos pela tristeza e angústia, com a mente subjugada pelo pesar o que fez com que eles chorassem e arrancassem os cabelos. Então todos foram para o bosque de árvores sal onde estava o venerável Ananda.
.
Enquanto o nobre Caminho Óctuplo for praticado, haverá Arahants
“Em qualquer doutrina e disciplina na qual o nobre caminho óctuplo não é encontrado, nenhum contemplativo da primeira ... segunda ... terceira ... quarta ordem [que entrou na correnteza, retorna uma vez, não retorna, ou Arahant] é encontrado. Agora, Subhadda, neste Dhamma e Disciplina o nobre caminho óctuplo é encontrado, contemplativos da primeira ... segunda ... terceira ... quarta ordem são encontrados. O nobre caminho óctuplo é encontrado nesta doutrina e disciplina, e exatamente aqui existem contemplativos da primeira ... segunda ... terceira ... quarta ordem. Essa outras seitas estão desprovidas de verdadeiros contemplativos; mas se nesta os bhikkhus viverem a vida com perfeição, omundo não ficará vazio de Arahants.”
As últimas palavras do Buda
[Data: 1 EB]
Então o Abençoado disse para os bhikkhus: “Dessa forma, bhikkhus, eu os encorajo: todas as coisas condicionadas estão sujeitas à dissolução. Esforçem-se pelo objetivo com diligência”. Essas foram as últimas palavras do Tathagata.
Então o Abençoado entrou no primeiro jhana. Emergindo dele ele entrou no segundo jhana ... no terceiro ... no quarto jhana … na esfera do espaço infinito ... na esfera da consciência infinita ... na esfera do nada ... na esfera da nem percepção, nem não percepção. Emergindo dela, ele entrou na cessação da percepção e sensação.
...
Então o Abençoado, emergindo da cessação da percepção e sensação, entrou na esfera da nem percepção, nem não percepção. Emergindo dela, ele entrou na esfera do nada … na esfera da consciência infinita ... na esfera do espaço infinito ... no quarto jhana ... no terceiro ... no segundo ... no primeiro jhana. Emergindo do primeiro jhana ele entrou no segundo ... no terceiro ... no quarto jhana. No quarto jhana, ele faleceu.


Post Scriptum:
Os muitos nomes do Buda
A seguir estão alguns dos muitos epítetos que aparecem nos suttas em referência ao Buda. As passagens dos suttas indicados contêm os exemplos.
•        Sublime (exalted one, bhagava; MN 12.5)
•        Digno (worthy, araham; MN 12.5)
•        Perfeitamente Iluminado (perfectly enlightened, sammasambuddho; MN 12.5)
•        Consumado no verdadeiro conhecimento e conduta (endowed with knowledge and conduct, vijjacaranasampanno; MN 12.5)
•        Bem-aventurado (well-gone, sugato; MN 12.5)
•        Conhecedor dos mundos (knower of the worlds, lokavidu; MN 12.5)
•        Líder insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas (supreme trainer pf persons to be tamed, anuttaro purisadammasarathi; MN 12.5)
•        Mestre de devas e humanos (teacher of gods and humans, satha devamanussanam;MN 12.5)
•        Omnisciente (All-seeing: It.112)
•        Melhor entre aqueles que podem ser domesticados (Best of those who can be tamed: It.112)
•        Touro entre os homens (Bull among men: Sn III.11 )
•        Touro entre os videntes (Bull among seers: Sn III.11 )
•        Touro dos Sakyas (Bull of the Sakyan clan: Sn III.11 )
•        Líder da Caravana (Caravan leader: MN 26.20)
•        Conquistador de bestas (Conqueror of beasts: Sn III.11 )
•        Sem dívidas (Debtless one: MN 26.20)
•        Dissipador da escuridão (Dispeller of darkness: It 38 )
•        Dotado com todas as marcas de um grande homem (Endowed with all the foremost marks: Snp III.1 )
•        Primeiro no mundo (First in the world: It.84)
•        Jóia mais preciosa (Foremost jewel: Sn III.11 )
•        Primeiro entre todas as pessoas (Foremost of all people: Sn III.11)
•        Primeiro entre os condutores de carruagens (Foremost of charioteers: Thag VI.9 )
•        Primeiro daqueles que são capazes de atravessar (Foremost of those who can cross:It.112 )
•        Que provê o imortal (Giver of the deathless: MN 18 )
•        Grande vidente (Great seer: Snp IV.14 )
•        Parente do sol (Kinsman of the sun: Snp IV.14 )
•        Touro inigualável (Peerless bull: SN I.38 )
•        Que mostra o caminho (Shower of the way: MN 107 )
•        Conquistador da Tristeza (Sorrowless One: MN26.20)
•        Supremo entre aqueles que podem ser libertados (Supreme among those who can be released: It.112 )
•        Tathagata ( aquele que “assim foi” ou “assim vem”) ((the one "Thus-gone" or "Thus-come"): It.112 )
•        Líder ultimo (Ultimate leader: )
•        Conquistador não conquistado (Unconquered conqueror: It.112 )
•        Médico e cirurgião insuperável (Unsurpassed doctor and surgeon: Iti 100 )
•        Todo Poderoso (Wielder of power: It.112 )


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MMSorge

Se o amante se lança na chama da vela e não se queima,
ou a vela não é vela ou o homem não é Homem,
Assim o homem que não é enamorado de Deus
e que não faz esforços para o alcançar não é Homem.
Deus é aquele que queima o homem e o aniquila
e nenhuma razão o pode compreender.

Mawlana Rumi - ' Fihi ma fihi'

Por Amor

Por Amor
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... És precioso aos meus olhos. Troco reinos inteiros por ti...

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"Nem Cristão, Judeu, ou Muçulmano,

nem Hindu, nem Budista, Sufi ou Zen.

Nem uma Religião ou Sistema cultural.

Eu não sou do Oriente nem do Ocidente,

nem dos oceanos nem da terra,

nem material ou etéreo,

nem composto de elementos.

Eu não existo..."


Mawlana Jalaluddin Rumi