ZOHAR
O Livro do Esplendor
"O livro do Zohar, a obra literária mais importante da Cabalá, [...] nenhuma teve uma influência e um sucesso sequer aproximadamente similares ao seu. [...] uma fonte de doutrina e revelação igual em autoridade à Bíblia e ao Talmud, e com o mesmo grau canônico, o que é uma prerrogativa que não pode ser postulada por nenhuma outra obra da literatura judaica."
Gershom Scholem
Grande especialista em mística judaica
"Mas a essência de Deus está tão acima da inteligência do homem e dos anjos, que ninguém pode chegar perto o bastante para compreende-la, os seres que vivem aqui embaixo dizem que Deus está no alto, enquanto os anjos no céu dizem que Deus está sobre a terra. Deus é conhecido por cada um segundo a profundidade de sua própria compreeensão.Pois cada homem só pode se unir ao espírito de Sabedoria tanto quanto permite a vastidão de seu próprio espírito. E todo o homem deve tentar aprofundar seu prórpio conhecimento de Deus tanto quanto lhe permita sua própria compreensão. Mas a essência divina deve permanecer um mistério profundo."
O Zohar (em hebraico זהר, "esplendor") é considerado como um dos trabalhos mais importantes da Cabalá, no misticismo judaico.
Trata-se de comentários místicos sobre a Torá (os cinco livros de Moisés) escrito em aramaico e hebraico medieval. Contém uma discussão mística sobre a natureza de Deus e considerações sobre a origem e estrutura do universo, a natureza das almas, pecado, redenção, o bem e o mal, e diversos temas relacionados.
O Zohar não é um livro, mas um grupo de livros. Estes livros incluem interpretações bíblicas assim como matérias sobre teologia, teosofia, cosmogonia mística, psicologia mística, e também o que alguns poderiam chamar de antropologia.
Origem
O Zohar teria aparecido primeiro na Espanha, no século XIII, e foi publicado por um escritor judeu chamado Moses de León.
Scholem, baseado em contos contemporâneos de De León e em evidência com os textos do Zohar (sintaxes do idioma espanhol, por exemplo) concluiu que De León seria o autor original das traduções.
De León atribuiu esse trabalho a um rabino do segundo século, Shimon bar Yochai, que foi verdadeira lenda judaica durante o tempo da perseguição romana. O Rabino Shimon ter-se-ia escondido em uma caverna por 13 anos, estudando a Torá com seu filho, Eleazar. Diz ele que, durante esse tempo, foi inspirado por Deus para escrever o Zohar, permanecendo oculto durante muitos séculos e somente no Século XIII foi publicado e disseminado por Moshe de León.
A suspeita de que o Zohar teria sido encontrado por uma pessoa - Moses de León - que faz referências a acontecimentos do período pós-talmúdico, foi a causa inicial sobre o questionamento da autenticidade desse trabalho. Há uma lenda de que, após a morte de Moses de León, um homem rico de Ávila chamado Joseph ofereceu à viúva de Moses (a qual não tinha nenhuma forma de sustento, após o falecimento do marido) grande soma de dinheiro pelo original, do qual seu marido havia feito uma cópia.
Na época confessou que seu marido seria o autor do trabalho. Ela disse que várias vezes havia perguntado o porquê de ele creditar os próprios ensinamentos a outro, e ele sempre respondia que as doutrinas de Shimon bar Yochai, se colocadas publicamente, poderiam ser um trabalho milagroso, e também uma rica fonte de lucro. A história indica que pouco depois das primeiras publicações do trabalho os créditos foram dirigidos como se Moses de León os tivesse escrito.
Baixe o Zohar em Espanhol
Fontes:
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